Na briga pelo voto, Gisela conquista mulheres e ‘esquecidos’, mas enfrenta desafio de ser anônima

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Foto: Rogério Florentino / Olhar Diret
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

Antônio José tem 53 anos, e há trinta e cinco é dono de um açougue localizado no Mercado Municipal de Cuiabá. O espaço, hoje desconhecido por grande parte da população, já foi muito importante para a cidade, mas, segundo ele, foi abandonado pelo poder público. O comerciante ainda não sabia em quem votaria para prefeito no próximo dia 15 de novembro, mas depois de receber a visita da candidata Gisela Simona (PROS), na tarde de terça-feira (27), se decidiu: “Ela foi a única dos candidatos que nos visitou, então é uma grande expectativa”.

Gisela e o candidato a vice, o maestro Fabrício Carvalho (PDT), percorreram as ruas do centro de Cuiabá na tarde de terça-feira (27), se apresentando e pedindo votos. Segundo ela, a resposta tem sido positiva. “O que a gente sabe hoje é que, na verdade, a gente só não está maior [nas pesquisas] porque muita gente ainda não conhece a Gisela. Então é por isso que estamos fazendo esse trabalho como hoje aqui, arrastão na rua, principalmente na periferia de Cuiabá, que é onde nós estamos menos conhecidos, e temos convicção de que nós vamos chegar no segundo turno”, disse ao Olhar Direto.

A decisão de seu Antônio foi uma prova da importância deste ‘corpo a corpo’ dos candidatos. Segundo o comerciante, a Prefeitura virou as costas para o Mercado Municipal há trinta anos, e hoje somente metade dos boxes do local estão em funcionamento.

“Eu hoje só consigo vender uma quantidade razoável justamente por causa do meu histórico. Sempre atendi bem, tenho uma boa qualidade, por isso continuo vendendo bem aqui”, declarou. Para ele, o ideal seria fazer uma reforma no local. “É uma coisa inexplicável, não tem nem como a gente entender como a Prefeitura abandona o próprio imóvel que é deles”, lamentou.

A candidata não encontrou resistência na maior parte da população com quem tentou conversar. Em alguns momentos, chegou a ser parada na rua por eleitores que pediam abraços e prometeram seus votos, sem que fosse necessário pedir. A simpatia, no entanto, nem sempre se traduz em apoio. Uma das comerciantes visitadas, Maria Edijânia, 51, recebeu a candidata e pegou o santinho, mas depois disse ao Olhar Direto que já tem seu candidato. “Eu recebo todo mundo… a gente tem que respeitar”, afirmou.

Motorista parou para falar com Gisela (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Alguns dos apoios recebidos vêm de longa data, como é o caso das atendentes de uma farmácia de manipulação, onde Gisela é cliente. “Ela passa honestidade, eu votei nela para deputada, torci por ela, fiquei muito sentida de ela não ter ganhado. Fiquei muito feliz de ela ser candidata a prefeita, e desde o começo já falei que eu ia votar nela, e ela tem meu voto. Meu, do meu marido, minha sogra, todo mundo vota nela”, afirmou Ivanete Machado, 43.

Ivanete e Marina conhecem Gisela há tempos (Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto)

Segundo a candidata, o que ela sente é a adesão forte, principalmente das mulheres. “[é a] oportunidade de se ver representada numa prefeitura municipal, então a adesão tem sido muito positiva. Ela corresponde ao crescimento das pesquisas. Aquilo que a gente está vendo nas pesquisas nós estamos sentindo nas ruas, nas redes sociais, e isso é muito bacana”, comemorou.

Lucia Andrea dos Santos Miranda, de 18 anos, conheceu a Gisela Simona há uma semana, quando recebeu panfletos de sua campanha. Ela achou a candidata uma boa opção, mas ainda não se decidiu. “No sábado passado me deram alguns panfletos e eu li, é uma ótima candidata, mas eu sou uma pessoa que pesquisa muito antes de votar, então ela está dentro dos parâmetros”, contou.

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