Delação afirma que servidores ligados a França foram estabilizados de forma indevida na ALMT

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Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

Trecho do anexo 17 da delação premiada firmada pelo ex-deputado José Riva aponta que servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) ligados a Roberto França, ex-parlamentar e atual candidato ao cargo de prefeito de Cuiabá, foram indevidamente estabilizados no serviço público.

Segundo Riva, muitos servidores que entraram na Assembleia se estabilizaram pelo tempo de serviço, mas uma grande parte ocorreu de maneira irregular, com certidões que vinham de prefeituras, de câmaras municipais, “que não tinha nenhuma legalidade em sua origem”.

“De repente a pessoa sequer foi servidor naquele momento, mas a mesa diretora nunca teve o cuidado de fazer essa checagem, ela apenas recebia a certidão e averbava o tempo de serviço e mesmo de forma irregular acabava efetivando o servidor”, afirmou Riva em sua delação.

O anexo 17, documento em que a citação ao nome de Roberto França é feita, teve sigilo levantado por decisão do desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Ao detalhar sobre a ligação dos servidores, Riva apontou França como um dos principais nomes. “Eu posso afirmar que grande parte dos servidores beneficiados tinham ligação conosco, mas tinha um número maior em relação ao deputado Roberto França, que, como é sabido, tinha muito servidor na Assembleia”.

“Não que ele [Roberto França] pedisse, mas eram servidores que eram lidados a ele, muitos servidores com ligação com o próprio deputado Bosaipo e com o deputado Gilmar, e também com outros deputados, mas em maior escala com o deputado Roberto França, o deputado Humberto Bosaipo, o deputado Gilmar Fabris e eu”, salientou o delator.

O ex-deputado delatou ainda que o procurador da ALMT sempre foi orientado a dar parecer favorável para homologação da Mesa Direto.

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