Candidato a vereador defende propostas de sustentabilidade e quer resgatar título de “Cidade Verde” para Cuiabá

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Fonte: Olhar Direto

Na reta final das eleições para vereador por Cuiabá, o candidato a vereador Zidiel Coutinho apresenta suas propostas e afirma contundentemente: “É possível uma Cuiabá Sustentável”. Integrante do Instituto Lixo Zero, tem projetos de ações práticas para devolver a Cuiabá o título de “Cidade Verde”. Suplente de vereador com quase 2500 votos, o advogado quer atuar nas linhas de sustentabilidade e de saúde mental e garante que seu mandato será de “portas abertas”, a fim de acolher novos projetos de lei. Em entrevista, o candidato defende suas propostas; confira abaixo.

Chegando lá, no primeiro dia, já apresentei o projeto de lei de Energia Solar para os prédios públicos do município de Cuiabá… nesse curto período que eu estive lá, foram três meses, eu apresentei nove projetos de lei e 100 indicações. Apresentei o projeto “Conversar é a melhor Solução”, “Adote um bicicletário”, entre outros.

Sua maior defesa é que Cuiabá pode ser uma cidade sustentável?

Tudo começa dentro de casa, nós temos que aplicar isso na prática. O que eu quero levar para a Câmara Municipal é sustentabilidade na prática. Na minha casa, eu já faço divisão de resíduos, isso aí vira compostagem, eu troco por adubo, na minha casa já tem um pé de jabuticaba e outras plantas. Nós temos que resgatar o título de Cidade Verde para Cuiabá e VIVER a sustentabilidade. E o que é sustentabilidade? São três pilares: a Economia, o Meio Ambiente e o Social, para a gente ter o equilíbrio e pensar o que vamos deixar para as gerações futuras.

Quais são suas propostas na linha de sustentabilidade?

Minha primeira proposta é conseguir implantar energia solar nos prédios públicos de Cuiabá. Nós temos também “Rio Cuiabá – Lixo Zero”, um projeto de lei para colocar grades de contenção nas saídas nas bocas dos rios para não deixar os resíduos sólidos poluir nosso rio. Quero instituir em Cuiabá, a Semana Lixo Zero. Temos propostas também como “Cuiabá, pet tem veZ”, que são políticas voltadas para os animais. Vamos buscar junto à prefeitura de Cuiabá a efetivação da obra do primeiro hospital veterinário municipal. Nós temos, também, que cobrar a implantação do Jardim Botânico de Mato Grosso em Cuiabá. Ele foi criado em 2005, definida a área da unidade de conservação, mas não foi implantado. São essas políticas voltadas para a Sustentabilidade e para o Meio Ambiente que eu estou propondo. E não sozinho. Eu quero ter um gabinete de portas abertas para que outras pessoas me ajudem a fazer outras políticas públicas voltadas para a sustentabilidade. Eleito pelo povo, eu estarei lá para representá-lo.

A principal linha de atuação é a sustentabilidade, mas você também tem grande preocupação com a saúde mental, não é mesmo?

Sim, são dois projetos. O “Conversar é a melhor solução”, eu apresentei no Setembro Amarelo. Mas eu complementei: ‘não é só no mês de setembro que nós temos que falar sobre suicídio, e sim, a todo tempo. Eu fiz esse projeto para colocar psicólogos e psiquiatras nas escolas, uma vez por mês, para palestrar sobre prevenção da depressão, dialogar com os mestres, com os pais e com os alunos, ensinar como saber se alguém tem depressão na família. Caso sejam diagnosticados casos no ambiente escolar, já sejam encaminhados para psicólogos, psiquiatras. Isso geraria um convênio entre as secretarias de Saúde e de Educação do município.

E como seria o fomento da criação do Centro Integrado para Dependentes Químicos?

Você parte do olhar de que é uma questão de saúde pública… A dependência química é uma doença incurável, progressiva e fatal. Isso não sou eu quem falo, é a Organização Mundial de Saúde. [pausa] Eu tenho 13 anos que não bebo, 13 anos que trabalho com dependentes químicos e, quando eu falo sobre a criação desse centro é porque eu já vi várias pessoas sofrendo na guerra do álcool e das drogas. Tem um depoimento que divulguei na minha rede social, da dona Cláudia, que perdeu um filho para as drogas e o outro estava no mesmo caminho. Ela lembrou que Cuiabá não tem uma casa de apoio subsidiada pelo poder público e que ela não tinha condições financeiras de pagar uma clínica. Dependendo da clínica, custa mil, dois, três mil [reais] por mês. Você vai no Beco do Candeeiro, todos os olham como noiados, mas ali tem um pai, tem uma mãe, um filho, um médico, um advogado… A adicção e o alcoolismo não escolhem classe, credo, cor, religião. É uma doença. E eu vejo que a sociedade não faz nada. E as pessoas precisam ser internadas numa clínica, ter um tratamento adequado… Não é só parar de beber e usar drogas… E depois? Nós temos que prepará-los para voltar para a sociedade. Então, o centro de tratamento não é só uma casa de apoio, mas um local com psicólogos, psiquiatras, cursos profissionalizantes para a ressocialização dessas pessoas…

Qual é a Cuiabá que você deseja para todos?

Vamos resgatar o título de Cidade Verde e eu conto com o apoio de cada um de vocês! É possível uma Cuiabá sustentável!

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