Hackers e funcionários de operadoras participaram de ‘limpa’ a contas de prefeituras

0
283
Foto: Reprodução/Ilustração
ALMT TRANSPARENCIA

Fonte: Olhar Direto

As investigações da Polícia Federal apontam que a quadrilha alvo da operação ‘Dois Fatores’, deflagrada nesta quarta-feira (16), com objetivo de combater fraudes eletrônicas, via internet banking, cometidas em desfavor de contas de prefeituras municipais em agências da Caixa Econômica Federal, contava com hackers e funcionários de operadoras. Eles conseguiram desviar mais de R$ 18 milhões, o que causou atraso em pagamentos de servidores e fornecedores.

A organização criminosa tinha, dentre os seus integrantes hackers, funcionários de operadoras de telefonia e pessoas distribuídas em diversas localidades do país.

As fraudes nas contas das prefeituras causaram diversos prejuízos para os municípios, desde atraso dos salários de servidores até a falta de pagamento de fornecedores, tendo em vista que os valores foram totalmente subtraídos das contas bancárias.

As investigações apontam que os principais ataques cibernéticos eram direcionados a servidores ocupantes do primeiro escalão das prefeituras municipais. A partir daí a organização realizava transferências bancárias para contas de beneficiários diversos, pagamento de boletos e conversão em criptomoedas, dilapidando, rapidamente, o patrimônio do ente municipal.

O nome da operação é uma referência à metodologia de autenticação em dois fatores. A autenticação em dois fatores é um recurso disponibilizado por vários sistemas que oferece uma etapa adicional de segurança no processo de acesso às contas.

A primeira etapa é, em regra, uma senha de acesso. A segundo etapa é a solicitação de uma informação adicional (além da senha) para realizar o login (pode ser, por exemplo, uma confirmação de e-mail).

A autenticação em dois fatores, por proporcionar uma segunda verificação de quem está  acessando o dispositivo informático, confere maior segurança às  operações, sobretudo financeiras, realizadas na internet.

A investigação teve início a partir de denúncia formulada pela Caixa Econômica Federal que relatava a ocorrência, em poucas horas, de transações fraudulentas que somavam mais de R$ 2 milhões em prejuízo de conta bancária da Prefeitura de Pontes e Lacerda (443 quilômetros de Cuiabá).

Em um intervalo de quatro dias o prejuízo potencial dos ataques cibernéticos a prefeituras foi superior a R$ 18 milhões. A ação conjunta entre a Polícia Federal e a Caixa evitou que o prejuízo fosse ainda maior.

Ao todo, 70 policiais federais cumprem, ao todo, 28 mandados judiciais, sendo 11 de prisão e 17 de busca e apreensão em seis unidades da Federação (Goiás, Pará, São Paulo, Maranhão, Bahia e Distrito Federal).

As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Cáceres/MT.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here