A personal trainer que furtou cerca de R$ 1,5 milhão em joias da empresária Rose Piran, alegou ao delegado Guilherme Bertoli, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), que é cleptomaníaca. O transtorno é uma doença grave que causa um desejo irresistível de roubar itens que não são necessários e geralmente possuem pouco valor.
Embora alegue ser cleptomaníaca há três anos, a mulher não provou o transtorno através de laudo de um profissional habilitado.
A personal trainer atuava há aproximadamente dois anos em uma residência de um condomínio de luxo na Capital, onde atendia o filho de Rose, que possui 18 anos e também tem síndrome de Down.
A vítima já estava notando há algum tempo o sumiço de alguns pertences. “Na quarta-feira (16) ela usou o Rolex e deixou no quarto. Na quinta-feira (17), foi usar e não achou. Foi analisar o circuito interno de câmeras de segurança e verificou que a personal tinha entrado no quarto por alguns segundos”, explicou o delegado ao Olhar Direto.
Apesar de não ter a proporção de tudo que foi furtado, a empresária reconheceu os itens recuperados pela Derf. Um dos relógios, por exemplo, que é avaliado em R$ 200 mil, a personal vendeu por R$ 40 mil em Cuiabá. O objeto foi revendido para um morador do Rio de Janeiro, porém o advogado do comprador devolveu o objeto na Derf.
O trabalho da Derf-Cuiabá resultou na recuperação das diversas peças, além da apreensão de R$ 36 mil.
O Conselho Regional de Educação Física da 17ª Região de Mato Grosso (Cref17/MT) emitiu nota para esclarecer que a mulher não é devidamente registrada ao órgão.
Tal postura da acusada infringe a Lei Federal 9696/1998, que diz que o exercício das atividades de Educação Física e a designação de Profissional é prerrogativa do profissional registrado junto ao CREF, sob pena de estar exercendo ilegalmente a profissão.