Estudo mostra que taxa de infecção da Covid-19 aumentou sempre após datas festivas

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Foto: Gustavo Duarte
ALMT TRANSPARENCIA

Os informes epidemiológicos, elaborados pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e por pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva, do Departamento de Geografia e do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mostram que a taxa de infecção da Covid-19 aumentou sempre após as datas festivas, em Cuiabá.

A elevação do índice de reprodução do novo coronavírus para valores superiores a 1,0 nas Semanas Epidemiológicas 47 (de 15 a 21 de novembro de 2020), 51 (de 13 a 19 de dezembro de 2020) e 01 (3 a 9 de janeiro de 2021), indicam a possibilidade do aumento da força de transmissão do novo coronavírus, podendo interromper a desaceleração da disseminação do vírus que se observou após a primeira semana epidemiológica deste ano.

O estudo relembra que os índices de reprodução do vírus foram de 1,33 na Semana Epidemiológica 47; de 1,04 na SE 51 e de 1,06 na SE 01. Todos esses períodos têm em comum a coincidência com épocas de comércio aquecido por conta da Black Friday, do Natal e também com as festas de Ano Novo, quando as pessoas saíram mais de casa para ir às compras e para participar de comemorações.

Na última semana epidemiológica 03 (de 17 a 23 de janeiro), estimou-se o índice de reprodução do vírus em 0,52, valor muito inferior ao estimado na semana 02 (0,82). Para os pesquisadores, o índice acima de 1,00 é preocupante e pode voltar a ocorrer em Cuiabá.

A secretária municipal de Saúde, Ozenira Félix, afirma que projeções dos técnicos da SMS já apontam para o risco de aumento de casos de covid-19 após o Carnaval, mesmo com o decreto municipal do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, proibindo a realização de eventos carnavalescos nos dias 15 e 16 de fevereiro e transformando em úteis os dias 15, 16 e 17.

“Não vai haver Carnaval. Só que há possibilidade de os grupos fazerem festa, se reunir e fazer Carnaval. Se isso acontecer, nós vamos para uma nova onda. As pessoas têm que entender que toda vez que tem aglomeração, toda vez que nós não tomamos cuidado, vai haver o aumento do número de casos! Hoje, a rede pública não está lotada, mas está quase lotada, que é o reflexo das aglomerações do Natal e do Ano Novo”, afirma.

Diante desse risco iminente, a Vigilância Epidemiológica e os pesquisadores da UFMT, através do Informe Epidemiológico nº 03, recomendam que os munícipes evitem aglomerações para que novo aumento de casos não ocorra. “Neste sentido, é fundamental que sejam mantidos o uso de máscara em locais públicos, cuidados de higiene e isolamento social, evitando aglomerações, como eventos festivos, reuniões em bares e outros, para que novo aumento de casos não ocorra”, diz trecho do informe.

Fonte: Olhar Direto – Wesley Santiago

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