Juiz soltou suspeito de integrar grupo do ‘Novo Cangaço’ por não ver provas de participação em assalto

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ALMT TRANSPARENCIA

O juiz Dante Rodrigo Aranha da Silva, da  Vara Única de Nova Monte Verde (a 943 km de Cuiabá), afirmou que não houve detalhamento sobre possível envolvimento de Josias Silveira no assalto a agências bancárias em Nova Bandeirantes, na modalidade “Novo Cangaço”, no último dia 4 de junho. Já com relação a Ednicio Pereira Cavalcante o magistrado afirmou que consta nos autos indícios de envolvimento com associação criminosa, o que aponta o risco dele recorrer em liberdade.

Josias e Ednicio foram presos pela Polícia Civil no último dia 23, acusados de integrar a quadrilha que assaltou duas agências bancárias da cidade de Nova Bandeirantes (1.026 quilômetros de Cuiabá). Após audiência de custódia Josias foi solto e Ednicio teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Conforme a decisão do magistrado, pelo que ele analizou, Josias estaria auxiliando autor de crime, Ednicio, a fugir da autoridade policial. Segundo o juiz não foram apresentadas provas de que Josias esteve envolvido com o assalto às agências bancárias.

“Quanto autuado Josias, inexiste maior detalhamento sobre possível envolvimento com o delito anterior (roubo), bem como com a associação criminosa, de modo que não se encontra qualquer fundamento para a manutenção (conversão) de sua prisão, não havendo risco para algum aspecto procedimental/processual advindo da liberdade do autuado que não possa ser protegido, ao menos em tese, por medida cautelar diversa da prisão”.

No entanto, com relação a Ednicio o juiz disse que há indícios de envolvimento com o roubo, bem como envolvimento com “associação criminosa”, o que indica o perigo para o correto transcorrer procedimental em caso de liberdade.

“No que concerne ao autuado EDNICIO, extrai-se do cenário fático-processual delineado, pessoas atuando em conjunto para a prática de crimes, subtraindo-se uma grande quantidade de dinheiro de agências bancárias, somando-se a informações de que houve pessoas atingidas. Assim, pelo que se tem, conforme narrado pelo autuado, este participou do delito, mediante a utilização de arma de fogo, além de ter efetivado ‘tiros para o alto’, conforme interrogatório feito”.

O magistrado ainda afirmou que “o risco à ordem pública, aqui entendido, repise-se à exaustão, como risco ao processo/inquérito decorrente de alteração do caminhar de determinada comunidade por conta de conduta praticada por investigado/réu, bem como aplicação da lei penal, não se encontrando, pelo menos neste momento, medida cautelar diversa da prisão que signifique proteção suficiente a tais aspectos”.

Prisão

Ambos foram encontrados por uma equipe da Delegacia de Nova Monte Verde com os mais de R$ 35 mil tentando comprar um carro para fugir da cidade, que não foi efetivada. Após isso, um deles foi abordado em via pública e o segundo em uma residência nas proximidades.

Os suspeitos foram conduzidos à Delegacia de Nova Monte Verde, onde serão interrogados pelo delegado Antenor Pimentel Marcondes e autuados em flagrante pelos crimes de roubo majorado, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Posteriormente o caso será remetido à Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Um fuzil, utilizado no crime, também acabou apreendido. A polícia acredita que os dois criminosos fazem parte dos quatro que foram abordados pela Força Tática e o Batalhão de Operações Especiais (Bope), em uma região de mata.

Ambos conseguiram fugir e os dois comparsas acabaram mortos após confronto com as forças de segurança. Tratam-se de Diego Almeida Costa, de 31 anos e Adailton Santos da Silva, de 40 anos.

 

Fonte: Olhar Direto 

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