PF cumpre mandados em Mato Grosso e mais dois estados por desmatamento ilegal na Amazônia

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Reprodução
CAMARA VG

Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (6) a Operação Sos Jamanxim, com o objetivo de combater o desmatamento ilegal na floresta de Jamaxin, em Novo Progresso, no Pará. São cumpridos mandados em três estados, Pará, Mato Grosso e Santa Catarina. Houve também o sequestro/bloqueios de bens de R$ 310 milhões, visando à reparação do dano ambiental, conforme valores quantificados em laudos periciais.

Na ação estão mobilizados cerca de 60 policiais federais, para dar cumprimento a quatro mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal, Subseção Judiciária de Itaituba/PA.

São cumpridos três mandados de busca e apreensão em Sinop (480 km de Cuiabá).

As investigações da Polícia Federal, que utilizam dados de imagens de satélite de alta resolução do Programa Brasil Mais (PLANET), apontam que a organização criminosa desmatou mais de 30 mil hectares de floresta, que equivalem a 30 mil campos de futebol.

Os laudos demonstram que cerca de 16 mil hectares desmatados estão localizados dentro da Flona do Jamanxim, acumulando desde a sua criação mais de 160 mil hectares de floresta devastada.

A modalidade de desmatamento praticada na área – corte raso – é considerada a mais danosa à natureza, pois realiza a remoção total de qualquer forma de cobertura vegetal, com objetivo de promover plantio de pasto e criação de gado.

O modus operandi dos criminosos é sempre o mesmo: invadem terras públicas da União, fazem o corte seletivo da madeira economicamente viável e depois suprimem toda a vegetação, inclusive, com uso de fogo, para plantio de pasto e criação de gado.

Os crimes investigados são: associação criminosa, desmatamento em unidades de conservação e/ou terras públicas, usurpação de terras públicas, produção de documentos falsos e uso de documentos falsos, todos crimes descritos no Código Penal Brasileiro e na Lei Ambiental, com penas previstas superiores a 20 (vinte) anos de reclusão.

O nome da operação faz alusão à área da Unidade de Conservação desmatada.

Fonte: Olhar Direto

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