Durante visita a Sorriso (341 Km de Cuiabá) nesta quinta-feira (28), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, afirmou que que o embargo chinês à carne brasileira, que já dura cerca de dois meses, tenha razão ligada à política ou à postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à China.
“Comércio internacional é feito entre a parte técnica dos seus governos. Nós temos aí um problema técnico, não político”, disse, em coletiva à imprensa, logo após inauguração da Usina de Etanol de Milho FS.
O Brasil suspendeu de forma voluntária os envios de carne à China em 4 de setembro, depois da confirmação de dois casos atípicos de “doença da vaca louca” em rebanhos. Depois, no entanto, mesmo com o controle dos casos no país, a interrupção foi mantida pelos asiáticos.
Tanto a China quanto os produtores brasileiros têm interesse em retomar o comércio do produto, mas há um atraso provocado pelos trâmites e protocolos burocráticos. Por um lado, os chineses precisam rever a documentação e do outros os brasileiros precisam explicar o que ocorreu e mandar a documentação.
Ainda durante sua agenda em Sorriso, Tereza afirma que tem o interesse de ir pessoalmente à China para pôr fim ao embargo, mas garante que tenta solucionar a questão à distância.
“É uma série de documentos, tem aí a dificuldade do idioma, do fuso horário, mas enfim, estão caminhando. Nós mandamos agora o último pedido de informação para a China, deve ter ido ontem para lá e a Embaixada brasileira deve entregar até amanhã. Aí a gente vai ver se atendemos todas as perguntas e indagações que o ministério vem fazendo a respeito dos dois animais que tiveram o diagnóstico confirmado. Então, agora é aguardar esse momento, e eu espero que a gente tenha uma resposta positiva em breve”, pontuou.
Este ano houve um recorde de exportações de carne bovina para a China, com 177 mil toneladas vendidas em setembro. Com o embargo, o volume caiu bastante e o preço da arroba do boi no interior (15 Kg do animal) caiu de R$ 330 para R$ 250.
Fonte: Olhar Agro & Negócios