Deputado defende fim de máscara somente após o Carnaval e diz que terceira onda da Covid-19 “não é impossível”

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Reprodução
CAMARA VG

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que é médico sanitarista, discordou do posicionamento dos secretários municipal de saúde de Várzea Grande Gonçalo de Barros e do Estadual de Saúde Gilberto Figueiredo sobre a possibilidade de se retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras ainda em 2021. Segundo ele, o ideal é esperar que 75% da população brasileira já tenha recebido duas doses da vacina e, além disso, que passem as festas de final de ano e o Carnaval.

Segundo o parlamentar, a notícia de dois dias sem mortes registradas em Mato Grosso (6 e 7 de novembro) é positiva, mas é preciso aguardar a média móvel para que o cenário se confirme. “A gente precisa aguardar as médias móveis de sete dias para que esse cenário positivo se confirme. Na minha opinião o uso de máscaras precisa ser mantido até alcançarmos uma cobertura vacinal ideal acima de 75% com as duas doses e até nós atravessarmos um período do ano que é um período de muita circulação – e que nesse ano será de muita circulação mesmo, porque depois de um ano e dez meses a população vai buscar, viajar, encontrar familiares – que é Natal, Ano Novo, mês de janeiro de férias e Carnaval”, defendeu.

Em relação à vacinação, Cabral afirmou que apesar do avanço, Mato Grosso segue como um dos piores estados do país. “Até na semana passada Mato Grosso era o estado que tinha que tinha o maior percentual de perda de doses. Era o quarto estado em volume de perda de doses não aplicadas das doses recebidas. Ainda está entre os dez dos estados com menores números. Mato Grosso do Sul, por exemplo, tem 70% da população vacinada já com duas doses, nós agora que estamos na faixa de cinquenta”, lamentou.

Desta forma, segundo ele, ainda não é possível conter o vírus. A possibilidade de novas cepas da Covid-19 também faz com que, segundo ele, não seja ‘impossível’ uma terceira onda. “Um cenário de uma onda pelo menos até agora foi contido no nosso país por duas razões: primeiro, a segunda onda foi muito pesada aqui no país por conta da variante gama, que é a variante que teve origem lá em Manaus é infectou uma parcela importante da população, e à medida que a vacinação avançou, isso acabou contendo. Ou seja, a segunda onda expressiva da variante gama e o avanço da vacinação conteve um risco de uma terceira onda pela variante delta. Uma nova onda só acontecerá caso se desenvolva alguma variante genética que escape da imunidade das vacinas. É improvável que isso aconteça, mas não é impossível, por isso a necessidade de nós mantermos todos os cuidados pudermos manter para evitar a transição, para evitar o contágio”, defendeu.

Fonte: Olhar Direto

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