Galvão Bueno não ficou em cima do muro, ainda que tenha admitido certo receio em dizer quem considera seu sucessor nas narrações do futebol brasileiro. “O Cléber (Machado, também narrador), vai ficar p… comigo. Mas ele é muito bom”.
Ele, no caso, é Luís Roberto (veja fotos na galeria abaixo), principal nome das transmissões do futebol carioca. Aos 60 anos, desponta como quem herdará a vaga de Galvão Bueno como primeiro narrador da Globo. Galvão, que se despediu do Maracanã na quinta-feira – foi o último jogo da seleção que narrou do estádio -, promete se aposentar da narração em TV aberta na Copa do Mundo do Qatar, em dezembro.
Depois, os bordões de Luís Roberto deverão ganhar ainda mais destaque nas transmissões esportivas. O paulista se notabiliza pela leveza nas transmissões. Foi o autor da frase “esses negros maravilhosos”, ao se referir a jogadores da França na Copa do Mundo de 2014.
A expressão virou mais meme do que algo que é repetido sistematicamente pelo narrador. Os verdadeiros bordões, marcas registradas de Luís Roberto nas trasmissões de futebol são três:
Com fé no pé
O narrador faz uso da rima antes de uma cobrança de bola parada. Especialmente faltas ou pênaltis. O jogador parado, observando o gol adversário, a bola. Ao iniciar a corrida para a batida, põe fé no pé. Se tudo der certo, a bola morre no fundo do gol.
Sabe de quem?
Em seguida, vem dois bordões consecutivos, quase um combo. Primeiro, Luís Roberto lança a pergunta no ar, a respeito do autor do gol. Geralmente, é no momento em que a transmissão foca no comemoração do jogador. Se houver o close exato, nele sozinho, melhor.
O nome da emoção
Logo depois, vem o elogio de Luís Roberto ao autor do gol. Se é bola na rede o que realmente importa no futebol, nada mais justo que homenagear o jogador responsável por ela.
Fonte: IG