Médica diz que não é assassina e que “ser rica” prejudicou defesa;

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Divulgação
CAMARA VG

A médica Letícia Bortolini usou as redes sociais, nesta terça-feira (09), e se manifestou publicamente pela primeira vez, sobre ter atropelado e matado o verdureiro Francisco Lucio Maia, em 2018. Na publicação, ela se declarou inocente e afirmou que “o fato de ser rica” a prejudicou.

Francisco foi atropelado e morto no dia 14 de abril de 2018, por volta das 19h35, na Avenida Miguel Sutil, em frente à agência do Banco Itaú, bairro Cidade Verde, em Cuiabá.

 

A manifestação da médica veio um dia após a 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá atender ao pedido do Ministério Público do Estado (MPMT) e determinar que ela seja submetida a julgamento pelo Tribunal do Júri.

 

De acordo com a gravação, Letícia diz que o que aconteceu foi um acidente e que isso poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Ela ainda destacou que pretende recorrer da decisão.

 

 

“O que eu sofri é um acidente de trânsito, que pode acontecer com qualquer pessoa às 7 da manhã, da noite, às 3 da manhã, ao meio-dia. Todo dia quem dirige está sujeito a um acidente de trânsito. Tenho direitos, todos nós temos […]. É óbvio que eu vou recorrer”, afirmou.

Segundo ela, o caso tomou proporções diferentes por ser rica.

“As pessoas sabem que meu caso é diferente, porque sou médica, porque sou rica, é diferente quando tem dinheiro. A gente é tratada diferente, porque existe uma guerra entre rico e pobre nesse País. Parece que, quando pode pegar um rico e colocar na cadeia, todo mundo vence, todo mundo fica feliz, mas a gente tem direitos e os meus direitos estão sendo tolhidos desde o dia do acidente”, afirmou.

A médica ainda destacou que não é “assassina”, ao lembrar um pouco do que aconteceu na madrugada do acidente.

“O senhor Francisco não estava na rua, ele entrou na rua no exato momento que meu carro passou. Ele também, provavelmente, não entrou porque quis. Caiu em cima do meu carro, porque ele estava completamente embriagado, isso foi comprovado, está nos autos. Não estou falando nenhuma mentira”, afirmou.

“Eu não vi uma pessoa. Como você vai parar quando ouve um barulho de um ferro e vê o retrovisor caindo? Não vi e a minha atitude não foi parar, foi ir até em casa e descobrir o que estava acontecendo. Isso não me torna bandida, assassina”, emendou médica.

Apesar das declarações, para o MPMT, Letícia conduziu o veículo “com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, em velocidade incompatível com o limite permitido para a via, assim como assumindo o risco de produzir o resultado, matando o verdureiro”.

Após o atropelamento, ela deixou de prestar socorro imediato à vítima, bem como fugiu do local do acidente para escapar da responsabilidade civil e penal.

FONTE:REPÒRTER_MT

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