O fazendeiro Benedito Nédio Nunes Rondon, que foi preso no mês de abril por matar uma onça-pintada na zona rural de Poconé, no Pantanal, pagará R$ 150 mil por danos morais pela morte do animal.
Ele foi autuado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com aplicação de multa de R$ 3 mil por abater a onça.
A obrigação consta em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, divulgado nesta semana.
O montante, que será repassado em até 30 parcelas de R$ 5 mil, será destinado à Organização Não-Governamental Ampara Animal.
A resolução do caso levou o Conselho Superior do Ministério Público a homologar o arquivamento do inquérito que tratava do assunto.
A Ong Ampara Animal, contemplada com os recursos previstos no TAC, atua no resgate, atendimento, recuperação e reintrodução de animais silvestres no Pantanal.
Em 2021, o Pantanal enfrentou a pior seca dos últimos 50 anos. A Ampara Silvestre atuou para combater as queimadas e distribuiu mais de 500 mil litros de água usados para o abastecimento dos rios e corixos, além da distribuição de 4.000 tuviras para a alimentação dos animais.
A Ong está finalizando as obras de construção de uma base fixa de atendimento, que poderá receber os animais vítimas de tragédias na região e terá estrutura para o desenvolvimento do trabalho de reabilitação e soltura.
Infração
De acordo com o auto de infração do Ibama, o fazendeiro atirou e matou um exemplar de onça-pintada no dia 1º de abril e produziu um vídeo abraçado ao animal, que foi publicado nas redes sociais.
Ele alegou que a onça teria causado prejuízos financeiros, já que se alimentava de bezerros criados na propriedade. O Ibama esclarece que existem outras formas de espantar os felídeos da proximidade do rebanho, sem necessidade de atirar e promover seu abate irregular e de forma cruel.
FONTE :LEIA GORA