Embora a deputada federal mais votada de Mato Grosso tenha sido uma parlamentar do PT – Rosa Neide –, o deputado federal eleito Abilio Brunini (PL) avaliou que o saldo da bancada federal que se elegeu, composta em sua maioria por parlamentares de direita, demonstra que a população do Estado destoa do restante do País. Em discurso na Assembleia Legislativa de Mato Grosso nesta quarta-feira (07), o futuro deputado ironizou o emprego da linguagem neutra e sugeriu a separação geográfica da federação.Aqui é Mato Grosso, aqui não tem boa tarde a todes, aqui é outro País. E na Assembleia Legislativa de Mato Grosso não tem espaço para a esquerda. Nós, em Mato Grosso, não temos nenhum deputado federal de esquerda. E se tiver que separar Mato Grosso do restante do País pra gente continuar de direita a gente separa”, disse Abilio, que teve a fala bastante aplaudida pelo público presente, durante audiência que visa derrubar as Leis 10.922/19 e 11.73/20, que tratam das escolas Cívico-Militar e escolas do Corpo de Bombeiros no Estado.
A petista Rosa Neide foi a candidata mais votada para deputada federal em Mato Grosso este ano, mas acabou não se elegendo porque a Federação em que ela estava inserida não atingiu o chamado quoeficiente eleitoral.
Impulsionados pela força do bolsonarismo no Estado, os parlamentares do PL, partido de Abílio e do presidente Jair Bolsonaro, formou a maior bancada, com quatro eleitos. Além dos bolsonaristas, Fabio Garcia e coronel Assis, ambos do União Brasil, e Juarez Costa e Emanuelzinho, do MDB, também se elegeram.
Garcia e Assis se apresentam como políticos de direita, enquanto Emanuelzinho apoiou a eleição de Lula e Juarez, por sua vez, afirma que é bolsonarista por pressão de sua base eleitoral – localizada em Sinop – e já dá sinais de que não irá se opor ao governo Lula (PT). Tanto o União Brasil como o MDB se articulam para integrar a base de apoio do petista no Congresso.
fonte:olhar direto
