Os alvos da Polícia Federal, em Cuiabá, na Operação Desbloqueio, deflagrada nesta quinta-feira (15), foram candidatos a deputado por Mato Grosso no último pleito. O militar das Forças Armadas (aposentado) e caminhoneiro Adavilso Azevedo, a advogada Analady Carneiro e o empresário Rafael Yonekubo, prestaram depoimento na manhã desta quinta-feira (15), na sede da PF.
Rafael e Adavilso foram candidatos a deputado estadual e Analady foi candidata a deputada federal. Nenhum deles venceu a eleição.
Todos os três foram alvos de busca e apreensão nesta manhã. Segundo Adavilso e Rafel, os mandados pediam apreensão de computadores, armas de fogo e munições, porém, a PF só pegou os celulares, já que eles não possuem os bens citados.
Os investigados Adavilso e Rafael relataram ao RepórterMT que o interrogatório foi para saber se eles financiaram ou organizaram algum ato contra as eleições, mas não houve esclarecimento sobre a motivação dos mandados.
“Se a gente cometeu algum crime, porque não vem aqui no mandado de busca e apreensão? Estou sendo acusado de uma coisa que eu nem sei o que é. E para ter acesso eu tenho que acionar o gabinete do ministro Alexandre de Moraes”, alegou o caminhoneiro.
Já o empresário Rafael contou que é comerciante e não tinha como financiar os atos. “Tenho um box no shopping popular, sou pequeninho”, disse. Ele ainda disse que foi algumas vezes em atos na 13ª Brigada, em Cuiabá.
A advogada Analady não quis se pronunciar.
Outros alvos da operação devem prestar depoimento na tarde desta quinta-feira ou nesta sexta-feira (16).
A Operação Desbloqueio ocorre em Mato Grosso e outros 8 estados. A PF cumpre 81 mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
FONTE:REPÒRTER MT
