PM preso por formar milícia privada para comandar tráfico retorna ao trabalho com tornozeleira eletrônica

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

O sargento da Polícia Militar Manoel Santos Silva, preso por formar milícia privada na cidade de Brasnorte (508 km de Cuiabá), retornou ao trabalho nas ruas e realizou a primeira prisão nesta semana. Com uso de tornozeleira eletrônica desde novembro do ano passado, o agente responde ao processo em liberdade.

Conforme consta nos autos, Manoel armava emboscadas, instalava o medo em todos a sua volta e agia como dono da cidade. O sargento foi preso no dia 22 de julho de 2022 e aguarda julgamento em regime semiaberto.

Segundo a investigação, Manoel protegia seus aliados para que não fossem presos ou sofressem qualquer ação efetiva por parte dos agentes que não participavam da milícia. Os relatos são de que policiais saíram da cidade para não pagarem pela boa conduta com a própria vida.

Ainda na atuação de comandante da PM, Manoel teria deixado um parceiro de tráfico atuando na cidade tranquilamente. Mas depois ele mudou de lado e passou integrar a facção criminosa Comando Vermelho, o militar prendeu e tomou a arma do até então aliado.

O objetivo do policial era deixar o rapaz sem chances de defesa quando fosse executado. No entanto, no dia da tentativa, 20 de abril de 2021, ele conseguiu fugir e sobreviveu aos disparos de arma de fogo efetuados por Oziel da Silva Gonçalvez a mando de Manoel.

Grupo de extermínio

Conforme apuração da Delegacia Municipal, o militar fazia questão de falar que “ninguém matou mais vagabundos do que ele”. No histórico de mortes, há pessoas inocentes, sem envolvimento com qualquer tipo de crime.

Inquérito conduzido pelo delegado Eric Fantin revela que a motivação para a execução dos crimes seria domínio territorial para o tráfico de drogas. Na cidade fala-se em cerca de 40 homicídios com envolvimento do policial. Seis foram comprovados.

FONTE: Olhar Direto

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