MP vai à Justiça para destruir pistas de pouso clandestinas

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Divulhgação / Greenpeace
CAMARA VG

O Ministério Público Estadual (MPE) quer destruir as pistas de pouso clandestinas existentes em Mato Grosso. A afirmação foi feita pelo novo procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Júnior, que prometeu empenho do órgão na obtenção de decisões judiciais que possibilitem a inutilização delas. Levantamento da MapBiomas identificou, no estado, ao menos 366 pistas clandestinas.

De acordo com a MapBiomas, iniciativa que envolve ONGs, universidades e startups de tecnologia, um terço de todas as pistas identificadas na Amazônia está em alguma área protegida. O dado aponta para indícios de que elas são usadas para a prática de crimes, como o garimpo ilegal e até mesmo o tráfico de drogas.

Para Deosdete, o MP tem condições de, por meio de um trabalho de inteligência, identificar a localização destas pistas e se elas possuem autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ou, ao menos um pedido sob análise do órgão regulador. “Se há uma pista em que há a suspeita de utilização, ou para saquear recursos minerais ou para o tráfico de drogas, e ela não tem autorização, nós vamos destruir, pedir autorização para destruir estas pistas”.

Divulhgação / Greenpeace

O procurador-geral ressalta que a simples aplicação de multas ou autos de infração não é capaz de resolver os problemas gerados pelas pistas de pouso clandestinas. “Temos que criar dificuldade para estas pessoas. Auto de infração não vai resolver, temos que criar dificuldades”.

Os estados com maior quantidade de pistas de pouso na Amazônia são Mato Grosso, com 1062 pistas, Pará (883), Roraima (218) e Tocantins (205). No Pará ficam os quatro municípios com mais pistas de pouso: Itaituba, São Félix Do Xingu, Altamira e Jacareacanga.

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