Fávaro compara invasões do MST em fazendas da Suzano com destruição do Congresso: ‘não tem apoio’

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Foto: Marcos Salesse/Olhar Direto
CAMARA VG

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comparou as invasões de áreas produtivas da Suzano, no interior da Bahia, na segunda-feira (27), à destruição causada por bolsonaristas que invadiram o Congresso Nacional, em 8 de janeiro. Um dia antes de integrantes do Movimento Sem Terra (MST) tomarem as áreas da fabricante de papel e celulose, Fávaro havia ressaltado a necessidade de combater o preconceito contra o MST. O MST cumpre um grande papel no desenvolvimento da agricultura familiar brasileira. Agora, invadir terra produtiva? Está errado. Está tão errado quanto quem quis invadir o Congresso Nacional em 8 de janeiro. Se nós, e eu, todos aqueles homens e mulheres de bem, repudiam quem invadiu o Congresso Nacional, tem que repudiar também quem invadiu terra produtiva”.

Fávaro falou com a imprensa sobre as invasões nesta sexta-feira (3), em Rondonópolis, onde esteve com o presidente Lula (PT) e outras autoridades, para participar da solenidade de entrega das chaves de 1.440 casas populares do Residencial Celina Bezerra, que estava com as obras paralisadas há dez anos.

Fávaro ressaltou que, durante passagem por Centenário do Sul, conheceu 15 cooperativas produtoras que são fruto da agricultura família e do MST. E, por isso, decidiu reforçar a necessidade de desmistificar a atuação do movimento.

“O que eu disse no Centenário do Sul, no Paraná, no sábado passado, foi com muita convicção. Sou fruto do sonho de pequenos produtores. Compreendo que é papel do Estado fornecer esse pedaço de terra para aquelas famílias. Homens e mulheres que tem vocação de produzir. Precisamos desmistificar isso”.

No entanto, Fávaro reprovou as invasões em áreas produtivas e explicações que terras invadidas não são passíveis de reforma agrária. O ministro afirmou que já conversou com Lula sobre as ações do MST e obteve respaldo ao posicionamento contrário.

“Temos lei para isso e a lei é clara. Terra invadida não é passível de reforma agrária, terra invadida a Justiça manda fazer reintegração e o Estado cumpre, terra invadida perde a legitimidade do movimento. Por isso conversei isso com o presidente Lula, ele respaldou meu posicionamento e vamos tratar”.

Fávaro pontuou que pretende continuar apoiando o MST que quer produzir e investir no cooperativismo, mas que invasões de terras produtivas não terão apoio do governo.

“Continuar apoiando o MST quando ele quiser produzir, investir no cooperativismo, receber terra do Incra. Não tomando terra de ninguém que está produzindo. Pode inclusive chegar em acordo com o proprietário, se ele quer vender, o Incra compra e aceita as famílias. Invadir, não. Não tem apoio”.

FONTE:OLHAR DIRETO.

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