Prefeito vai afastar servidores denunciados por compra de vagas

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O prefeito de Mirassol D’Oeste (300 km de Cuiabá), Héctor Alvares Bezerra (União Brasil), confirmou nessa terça-feira (11) que será aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para afastar os servidores envolvidos em um esquema de compra de vagas no concurso público realizado pelo município. Segundo a Polícia Civil, pelo menos 35 vagas foram compradas junto à empresa que organizou o concurso público, com valores que chegavam a R$ 90 mil.

Segundo o prefeito, os servidores em questão continuam no exercício dos seus cargos até que o PAD seja aberto. A expectativa é que eles sejam exonerados em breve e as atas de posse sejam canceladas.

 

 

“O município não tinha ainda acesso aos autos, abriu para nós agora sexta-feira pela manhã e ontem nós já emitimos para o secretário de Administração para abrir um PAD para todos os envolvidos. Então a gente vai aguardar esse decorrer, como o município tem acesso agora a tudo o que está acontecendo, os nomes, a gente vai aguardar o decorrer dessa investigação”, disse.

 

De acordo com o prefeito, já há pressão dos classificados no concurso para que os servidores sejam substituídos. “A gente quer resolver o mais rápido possível porque a pressão já está grande com relação a quem ficou classificado. Professores já foram no nosso gabinete querendo que os convoque. Eles querem que retirem as pessoas envolvidas e já comece a contratar os outros”, contou.

 

Segundo Héctor Bezerra, em caso de cancelamento do concurso, serão necessários mais 120 dias para cumprir as exigências burocráticas para a realização de um novo certame. Além disso, como o ano que vem será marcado pelas eleições municipais, o gestor está preocupado com a segurança jurídica do processo.

“Se houver o cancelamento, demora um pouco. Demora mais de 120 dias só para a gente abrir todo o processo, todo o trâmite. E aí começar a convocar no início do ano que vem. Lembrando que ano que vem é ano eleitoral, um ano bastante melindroso para todos nós e eu preciso ter segurança jurídica para tocar todo o processo”, concluiu.

O esquema – A Polícia Civil deflagrou no último dia 29 de junho a Operação Ápate, com alvo em fraudes no concurso público da Prefeitura de Mirassol D’Oeste. As apurações apontaram que os candidatos chegaram a pagar mais de R$ 92 mil para assegurarem uma vaga.

Segundo a investigação, a fraude envolvia pelo menos 35 cargos nas mais diversas áreas da Prefeitura.

A operação cumpriu 84 ordens judiciais, entre mandados de prisão, busca e apreensão, afastamento de sigilo bancário, suspensão de função pública, suspensão de atividade econômica, medidas cautelares de monitoramento eletrônico e bloqueio de bens no valor de R$ 1,6 milhão.

FONTE:REPÒRTER MT.

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