Onze vereadores assinam requerimento e comissão será instalada

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Foto: Alair Ribeiro/MidiaNews
ALMT TRANSPARENCIA

Onze vereadores já assinaram o requerimento que pede a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), após ele ter sido flagrado em um vídeo recebendo dinheiro no Palácio Paiaguás.

O requerimento foi protocolado na Câmara, nesta terça-feira (7), e deve ser lido em plenário na sessão da próxima terça (14). Após a leitura, abre-se um prazo de 48 horas para publicação da comissão no Diário Oficial.

O protocolo do requerimento foi confirmado à reportagem pelos vereadores Toninho de Souza, Marcelo Bussiki e Felipe Wellaton

As últimas assinaturas são dos vereadores Toninho de Souza (PSD), Luís Cláudio (PP) e Adevair Cabral (PSDB).

Além deles, assinaram os vereadores Marcelo Bussiki (PSB) – autor do requerimento – Abílio Júnior (PSC), Sargento Joelson (PSC), Dilemário Alencar (Pros), Felipe Wellaton (PV), Gilberto Figueiredo (PSB), Elizeu Nascimento (PSDC) e Diego Guimarães (PP).

A CPI será presidida por Bussiki, já que ele foi o autor do pedido. Ele citou o decreto-lei federal 201/67, que dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores.

O texto diz que “proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo” é infração político-administrativa sujeita ao julgamento pela Câmara de Vereadores que pode levar à cassação do mandato

A relatoria da comissão ainda será definida.

“Espero que o prefeito possa, por iniciativa própria, procurar a CPI e trazer as provas que ele considera contundente, que ele diz que tem. Os fatos precisam ser esclarecidos. É preciso trazer a verdade à tona e o único meio, nesse momento, é pela CPI”, afirmou Toninho, em entrevista na manhã desta quarta-feira (8), ao anunciar os motivos pelos quais decidiu assinar o documento.

  

Silêncio

Toninho afirmou que decidiu assinar o requerimento em razão de o prefeito não ter dado explicações sobre as imagens em que aparece recebendo dinheiro à época em que era deputado estadual.

Os valores foram entregues das mãos de Silvio Correa (então assessor do governador Silval Barbosa).

“A sociedade clamava por resposta da Câmara. Fui bastante cobrado nesse período e entendo a cobrança da população. Demos o tempo suficiente para o prefeito se manifestar, mas ele não deu explicações”, disse Toninho.

“Até porque, ele sempre disse que tem uma defesa muito contundente a fazer. Esperávamos que ele fizesse nesse período antes da abertura da CPI, esperávamos que não houvesse a necessidade da abertura da CPI. Mas as explicações não vieram”, afirmou o vereador.

  

Crise política

Ainda durante a coletiva realizada na manhã de hoje, o vereador Toninho de Souza disse que, após a divulgação do vídeo em que Emanuel Pinheiro aparece recebendo maços de dinheiro, instalou-se uma crise política na cidade e também na Câmara de Vereadores.

“O prefeito não se explicou e isso gerou uma crise política muito grande, que inviabilizou a Câmara Municipal. A demissão de 460 servidores tem relação direta com essa crise política. A paralisação do serviços municipais em áreas essenciais também tem a ver com essa crise política. Então, entendo que precisamos esclarecer definitivamente isso. A Câmara vai fazer seu papel”, concluiu o vereador.

 

Dois da base

Os vereadores Luís Cládio e Adevair Cabral, que são da base do prefeito, decidiram assinar o documento porque, conforme o Regimento Interno da Casa, só podem participar da investigação quem subescreve o requerimento. A ideia dos dois parlamentares é impedir que a comissão seja composta apenas por opositores.

 

 

 

Midia News.

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