Após 19 anos, SES confirma dois casos de sarampo em Mato Grosso

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ALMT TRANSPARENCIA

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirma dois casos de sarampo no município de Guarantã do Norte, extremo norte de Mato Grosso, na divisa com o Pará. As notificações envolvem uma mulher de 30 anos e um homem de 31 anos. Desde 1999 não eram registrados casos de sarampo no estado.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica Estadual, Alessandra Moraes, investigações estão em andamento para saber se essas pessoas contraíram o vírus em Mato Grosso ou em estados vizinhos, como Amazonas e Roraima, que já registraram centenas de casos de sarampo.

A SES já solicitou o bloqueio vacinal no município e alerta para que se intensifique a vacinação da tríplice viral. O mesmo alerta foi enviado para os 16 Escritórios Regionais de Saúde (ERS) do estado. “O município já começou o bloqueio e a orientação é para que os moradores que não estão com o cartão de vacina atualizado procurem a unidade de saúde mais próxima”, aconselhou a coordenadora. 

A SES/MT também está comunicando as ocorrências de sarampo em Mato Grosso à Secretaria de Estado de Turismo para que emita alertas aos viajantes e também está programando uma web aula de Vigilância, Imunização e Laboratório para os profissionais da rede SUS.

“Alertamos aos viajantes, turistas, estudantes, migrantes, quando há intensificação de viagens internacionais para os países e mesmo em deslocamento nacional para os estados com surtos quanto a esta situação, com maior risco de exposição”, diz o documento emitido na tarde desta segunda-feira (25.06).

A Vigilância Epidemiológica Estadual alerta que o sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, podendo evoluir com complicações graves e óbitos. A doença é transmitida por meio das secreções expelidas pelo doente ao falar, tossir e espirrar. A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba. 

A região das Américas depois de um processo de verificação de uma série de documentos com embasamentos epidemiológicos em abril de 2015 recebeu a Certificação de Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e em setembro de 2016 houve a Certificação da Eliminação do Sarampo. 

No entanto, em outras regiões como a África, Ásia, Europa, é crescente o número de casos de sarampo que estão sendo registrados em diferentes países que ainda não conseguiram a eliminação, e que representam risco constante para importação da doença para países onde a eliminação do sarampo foi estabelecida. 

Recomendações

De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), para prevenção, recomenda-se que os viajantes tenham suas vacinas atualizadas antes de viajar (preferencialmente com antecedência de 15 dias). 

A vacina tríplice viral é recomendada inclusive para crianças de seis meses a um ano. A dose administrada nesta faixa etária, menor de 1 ano, não será considerada válida para o Calendário Nacional e Estadual de vacinação, devendo ser agendada a administração de dose da Tríplice viral (SRC) para os 12 meses e da Tetraviral (SRCV – sarampo, rubéola, caxumba e varicela) para os 15 meses de vida. 

A SES/MT reforça que se consideram vacinadas até 29 anos de idade pessoas com duas doses completas. Com 30 anos ou mais uma dose, considera-se completamente vacinado. Toda dose informada deve ser comprovada através dos registros no cartão de vacinação ou cartão espelho. A vacina Tríplice Viral-SRC não é recomendada para as crianças menores de 6 meses, gestantes e indivíduos que apresentem contraindicações médicas. 

Ao lado disso, a SES/MT observa ser importante reforçar a vacinação de profissionais que atuem no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, e outros que mantenham contato com viajantes, imigrantes, bem como os profissionais de saúde. 

Todo caso de sarampo deve ter assistência e tratamento adequado com isolamento domiciliar e ou hospitalar em casos com complicações até o final do período de transmissibilidade.

 

Fonte: Gov.MT

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