Fonte: Olhar Direto
A Nexa, em Aripuanã, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com garimpeiros que lutavam pelo direito de explorar área próxima à mineradora. A disputa resultou na morte de um garimpeiro em outubro do ano passado. Pelo acordo, os garimpeiros ganham o direito de explorar 516 hectares próximo da área.
O conflito envolvia a exploração de minerais no município e se intensificou no ano passado, quando uma operação conjunta da Polícia Federal, Polícia Militar, Ibama e Secretaria de Estado do Meio Ambiente, em cumprimento a mandado de desocupação de área, resultou na destruição do acampamento dos garimpeiros, queima de maquinários e a morte de um garimpeiro.
No local – uma área de 2,8 mil hectares na Serra do Expedito – que fica a 25 km de Aripuanã, a empresa Nexa Resourcer, que faz parte do Grupo Votorantim, pretende investir R$ 1 bilhão para o beneficiamento de zinco, chumbo, cobre, ouro e prata.
A intermediação do conflito contou com a participação da Agência Nacional de Mineração (ANM), Metamat, representantes da mineradora Nexa, da cooperativa de garimpeiros e do senador Wellington Fagundes (PL-MT). “A assinatura do acordo garante paz social, vai gerar emprego para milhares de famílias e movimentar a economia da região”, defendeu o parlamentar.
A Metamat deve prestar apoio técnico à cooperativa de garimpeiros e a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) vai orientar para o reflorestamento da área já afetada pela atividade garimpeira. Segundo Juliano Jorge, presidente da Metamat, a atuação do órgão levou em consideração o aspecto social, sem esquecer a importância econômica da atividade mineradora. Com o acordo, a Metamat vai instalar na região um escritório com dois técnicos para dar suporte aos garimpeiros e à própria Nexa e cuidar para que o não surgimento de novos conflitos.