Fonte: Olhar Direto
Imagens exclusivas feitas pelo repórter fotográfico do Olhar Direto, Rogério Florentino, mostram um dos atendimentos feitos pelos profissionais que compõe a força-tarefa criada pelo Comitê Estadual de Gestão do Fogo, do Governo de Mato Grosso, para resgatar animais atingidos pelo fogo no Pantanal.
No vídeo, é possível ver os profissionais realizando o atendimento a um animal que estava com as patas bastante feridas. Ele recebeu atendimento em um dos postos de atendimento a animais silvestres, que fica na Transpantaneira, entre os municípios de Poconé e Porto Jofre.
A estrutura para abrigar os animais conta com ambulatório, almoxarifado, armário com medicamentos, alojamentos, cozinha, banheiro e recintos específicos para os bichos. Os recintos para transporte animal e tratamento foram feitos com a mão de obra de reeducandos e uso de madeira apreendida.
Entre os animais resgatados pelo comitê, há onças, lobetes, iguana, anta, jabuti, garça, jaguatirica; entre outros. Em casos de cirurgia ou atendimentos mais graves, os animais são encaminhados para clínicas parceiras ou instituições ecológicas de outros Estados do Brasil.
A equipe de resgate é formada por veterinários, biólogos, e estagiários que se revezam na operação realizada em períodos alternados em áreas queimadas ou que o fogo pode chegar, seja durante o dia ou noite. O grupo conta com o suporte do Corpo de Bombeiros em todas as ações, devido ao perigo dos incêndios ou animais maiores que apresentam riscos.
Os membro da equipe são responsáveis por resgatar e também distribuir alimentos em pontos estratégicos para que os bichos consigam localizar e se alimentar. A identificação dos pontos para distribuição de frutas e legumes é feita com base em localização de corixos (ambientes com poças de água).
Estes são localizados com uso de aplicativo e monitoramento das equipes que avaliam também a questão do consumo dos alimentos, conforme explicou a médica veterinária Karen Ramos. Ela é responsável por liderar as equipes de trabalho em campo do PAEAS.
As equipes do Corpo de Bombeiros com o apoio de tratores estão fazendo demarcações em uma área de 50 quilômetros para criar uma espécie de aceiro (faixas ao longo das cercas onde a vegetação foi completamente eliminada da superfície do solo). A finalidade é prevenir a passagem do fogo para área de vegetação, evitando-se assim queimadas e criando também espaços para que os animais como onças e outras espécies menores possam escapar do fogo.