Coordenador da Defesa Civil afirma que chuvas podem derrubar prédios da Realmat e Ciclo Ribeiro

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Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O coordenador da Defesa Civil, Lecimar Vieira, afirmou que a situação dos prédios da Realmat e Clico Ribeiro, que foram atingidos por um incêndio no último sábado (5), é bastante preocupante. Isso porque as constantes chuvas deste período do ano em Cuiabá aumentam ainda mais as chances de que as estruturas, que estão em situação delicada, possam vir abaixo.

“Primeiramente, temos que esperar o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Mas tem muito risco, o ‘pé direito’ dos prédios está todo quebrado, entortado. O telhado está descendo. Mais uma chuva, pode cair. Isso está perigoso demais”, explicou o coordenador na manhã desta sexta-feira (11), durante vistoria no local.

Ainda conforme a Defesa Civil, existes muitos focos de fumaça. “A gente não percebe, mas está estralando. O pé direito está entortando. Tem rachaduras que estão aumentando. Está super perigoso. Vamos tentar retirar a fachada da frente da Realmat para não ter perigo de cair na cabeça de alguém”.

A reportagem esteve também na manhã desta sexta-feira no local e notou que ainda existe bastante fumaça no local. Além disto, muitas pessoas passam pela frente dos prédios e, em caso de queda, podem ser atingidas por algum tipo de detrito. A expectativa é que o isolamento seja aumentado.

Ainda há no local material combustível em processo de queima. Por este motivo, o trabalho pericial da Politec está limitado a inspeção visual com uso de drones, análise de mídias, outros recursos periciais que não sejam perícia de local propriamente.

De acordo com a assessoria de imprensa da Politec, foi possível coletar gravadores de câmeras de segurança (DVR’s) que serão enviadas à Gerência de Perícias de Computação Forense para a possível extração de dados. Caso o material audiovisual esteja preservado, elas também serão analisadas pela perícia.

Nos exames periciais preliminares na região posterior do prédio da Realmat, a perícia constatou que na área mais afetada pelo incêndio, os equipamentos de gravação não foram totalmente danificados.

Segundo a perita oficial criminal, Telma Jakeline Greicy Kirchesch, o local ainda é crítico para a realização dos trabalhos periciais.

“Entrei na parte frontal do prédio onde foram extraídos alguns materiais que podem ter imagens do circuito interno de segurança. No local as imagens não eram registradas na nuvem e sim no aparelho físico que coletamos e enviaremos para análise”, pontuou.

A estimativa da perita é que os levantamentos no local durem em média trinta dias. Após este processo será elaborado o laudo pericial contendo as causas do incêndio, se a natureza foi acidental ou criminosa, e definida a dinâmica dos fatos.

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