PF cumpre reintegração de posse e retira 1.200 famílias de residencial do Minha Casa, Minha Vida

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

A Polícia Federal cumpre, com apoio da PM, nesta quarta-feira (16), a reitengração de posse do ‘Residencial Colinas Douradas’, localizado na região do Tarumã, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). O local está sendo ocupado, de forma irregular, por mais de 1.200 famílias.

Os empreendimentos habitacionais Colinas Douradas I e II foram iniciados em no ano de 2012 e, quando já se avizinhava a entrega das suas respectivas unidades, houve a sua invasão, em 09/09/2020.

Em 10/09/2020 foi prolatada a primeira decisão pelo Juiz da 1a Vara Federal e Cível da Seção Judiciária do Mato Grosso, deferindo pedido judicial formulado pela Caixa Econômica Federal, determinando que fosse realizada a reintegração de posse do empreendimento e concedendo o prazo de 10 dias para a desocupação do imóvel.

Foram apresentadas petições pelos advogados dos ocupantes do empreendimento, solicitando a reconsideração da decisão. Contudo, em 30/09/2020, sobreveio nova decisão judicial, desta vez determinando a desocupação imediata do empreendimento habitacional e a reintegração da posse à Caixa Econômica Federal, com a utilização de força policial.

Expedido o mandado, foi dado cumprimento à ordem judicial na data de hoje. A Polícia Federal empregou o efetivo de 50 policiais federais na ação, que contou também com o importante apoio da Polícia Militar e dos bombeiros militares.

OD esteve no local

Mais de 1.200 famílias que ocupam as casas do Residencial Colinas Douradas, um condomínio do projeto ‘Minha Casa, Minha Vida’, em Várzea Grande, ficaram sem energia. Na manhã desta segunda-feira (14), a Polícia Federal e a Energisa estiveram no Residencial Colinas Douradas para efetuar o corte.

O residencial foi ocupado no mês de setembro deste ano. De acordo com os manifestantes, as casas do residencial, que deveriam ter sido entregues há cinco anos, seguem com as obras paradas e sem previsão de entrega.

“Todas as pessoas aqui fizeram sua inscrição e tiveram seu cadastro pré-aprovado. Tem mãe de família, idoso, cadeirante, criança. São pessoas que realmente precisam. Aí hoje cortaram nossa energia e nos deram até quarta-feira para sair daqui”, conta Valquíria Lopes de Souza, uma das ocupantes do local.

“Aqui tem muita gente. São mais de 1.200 famílias, muitas crianças e muitas pessoas necessitadas. Não estamos correndo de pagar a parcela. A gente queria que as autoridades pudessem vir aqui, organizar com todo mundo para que todos possam pagar sua parcela e ter sua moradia”, reitera.

“Queremos sim regularizar, é o que nós mais queremos. Queremos moradia. Tem mãe com 6 filhos, gente necessitada. Se o poder público e os governantes pudessem olhar para nós. Aqui são pessoas abandonadas. São pessoas necessitadas, carentes, mas que tem voz. Nós vamos lutar para isso”, finaliza Valquíria.

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