O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) comentou pela primeira vez a polêmica envolvendo um show do Dj Vintage Culture, no Parque das Águas, em Cuiabá, no último sábado (19). O evento contou com milhares de pessoas sem máscara em plena pandemia da Covid-19.
“Uma vergonha, lamentável. Utilizam ações sociais, da primeira-dama, da prefeitura para isto. Lamentável. Vou ter uma reunião agora sobre isto na prefeitura, pedi para levantar os processos”, disse ele em conversa com a imprensa após a “Missa da Esperança”, na Catedral Basílica de Cuiabá, nesta terça-feira (22).
“Tem que dar um choque de consciência na população. Se o culpado é a prefeitura, vou levantar isto e tomar as providências internas. Agora, pelo amor de Deus. Os organizadores, promotores de eventos, população em geral, estamos em uma pandemia”, acrescentou Emanuel.
“Pode xingar prefeito, governador, presidente, mas o grande responsável é o cidadão. As pessoas não aguentam mais ficar em casa, respeito. Mas precisam entender que estamos em uma pandemia. É um comportamento pessoal, a política administrativa está no limite. Quero saber onde nós da prefeitura falhamos e vamos responder por isto. Mas também veremos o mesmo com os promotores. Só que os grandes responsáveis são as pessoas”, finalizou sobre o assunto.
A festa, organizada pela Aram Produções, trouxe o DJ Vintage Culture, além de outros como Luciano Lyllo, Thalisson, Douglas Mariusso e Fábio Serra. O ingresso custava R$ 300, mas também era obrigatória a doação de um quilo de alimento não perecível, que seria doado para a campanha “Natal Sem Fome”, organizada pela primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, e pela Secretaria Municipal de Assistência Social. A iniciativa de doação dos alimentos foi dos organizadores do evento.
Nos vídeos compartilhados pelo próprio público, é possível ver que o distanciamento social não foi respeitado, assim como o uso de máscaras. O evento poderia acontecer, com base no decreto 8.204, de 19 de novembro de 2020, que autoriza a realização de eventos, respeitando o limite de 70% da capacidade total do ambiente.
Um dos organizadores da festa, Igor Noda, se manifestou a respeito das denúncias: “Nós fizemos tudo que estava ao nosso alcance. Só podia entrar com máscara, mas infelizmente as pessoas tiram. La o espaço era grande, o evento trabalhou com menos de 50% da sua capacidade… havia em todas mesas álcool em gel”.
Fonte: Olhar Direto – Fabiana Mendes / Da Reportagem Local – Max Aguiar