Família Campos faz cortejo até cemitério e se despede da matriarca Dona Amália; imagens

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Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto
CAMARA VG
Com a proibição da realização de velórios de vítimas da Covid-19, a família Campos organizou uma carreata pelas ruas da região metropolitana de Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (11), como forma de despedida da ex-primeira-dama de Várzea Grande, Amália Curvo de Campos, que morreu aos 98 anos de idade.

O cortejo saiu do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, onde Dona Amália faleceu na noite desta quarta-feira (10), e seguiu até o cemitério Central São Francisco, em Várzea Grande. Na unidade de saúde, o ex-governador Júlio Campos (DEM) estava acompanhado de outros familiares, aguardando a saída do corpo da matriarca.

Um dos seus dez filhos, o médico João Francisco de Campos, relatou os últimos dias da mãe. Contou que Dona Amália apresentou os primeiros sintomas da Covid-19 no dia 29 de janeiro e começou tratamento em casa, já que era assistida há dois anos por home care.

“A home care deu toda assistência e há dois dias ela melhorou bastante e a gente acreditava que ia sair desse quadro. De repente ela piorou, ficou muito dispneica, a saturação caiu. Resolvemos trazê-la ontem para o hospital”, contou.

João Francisco ainda disse que a mãe chegou a ser entubada, mas os médicos já haviam explicado à família que o quadro de saúde era grave. “Estou com o coração partido, pois minha mãe foi uma pessoa que sempre buscou a união dos filhos. A gente quer permanecer com esse foco, para continuar o legado, que é a união de todos. Agora está lá no céu, junto de meu pai (Seo Fiote). Acredito que está uma festa. Somos cristãos e acreditamos que ela está muito bem, pelo o que ela fez na terra. Queremos continuar essa bondade”.

No percurso, além dos que seguiam o carro funerário, muitos admiradores homenagearam a ex-primeira-dama na calçada da avenida da FEB, em Várzea Grande. Os populares seguraram balões brancos e acenaram. Antes disso, o cortejo chegou a ser interrompido, por conta de um acidente com motociclista. Ninguém se feriu.

Bastante emocionado, o senador Jayme Campos (DEM) afirmou sentir grande orgulho da mãe e do pai. “Grande cidadã, um exemplo de mãe e de avó. Estamos muito orgulhosos com o legado que ela nos deixa. Ela foi mulher que construiu uma história muito bonita durante sua trajetória. Foi a primeira enfermeira da cidade, em 1943. Construiu a primeira unidade de saúde dessa cidade, quando meu pai foi prefeito, para atender os menos afortunados. Temos que nos espelhar no casal Seo Fiote e Amália, que deixaram grande serviço para Várzea Grande e Mato Grosso”.

No cemitério, Júlio, João Francisco e Jayme sepultaram o corpo de Dona Amália, em caixão lacrado, acompanhados de outros familiares.

Fonte Olhar Direto – Airton Marques / Do Local – José Lucas Salvani

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