Feldner afirma que atitude de promotor é lamentável e relembra pedido de arquivamento do caso da Grampolândia

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Foto: Assessoria
ALMT TRANSPARENCIA

 

A delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelos inquéritos ligados ao escândalo conhecido como Grampolândia Pantaneira, lamentou o posicionamento do promotor de Justiça Reinaldo Rodrigues. O membro do Ministério Público Estadual (MPE) requereu que a 7ª Vara Criminal de Cuiabá determine o compartilhamento, no prazo de dez dias, de três autos das investigações.

Feldner rebateu a alegação de que o MPE espera há dois anos para ter conhecimento dos inquéritos conduzidos por ela. Diz que o promotor já tentou suspender as investigações, quando emitiu parecer pelo arquivamento e nunca solicitou informações. “Aliás, por causa da pandemia, tem quase um ano que o MPE não recebe nenhum inquérito”.

Avaliando que o pedido na Justiça é uma forma de tumultuar o processo, a delegada garante que sempre se colocou à disposição do órgão, chegando a enviar, em dezembro, ofício nesse sentido. Ela ainda classificou o fato como curioso, já que, segundo ela, o promotor sempre foi contrário a toda investigação da Grampolândia.

“Lamentável tal atitude, só trouxe animosidade e gerou ruídos. Deveria pensar na sociedade e ser o primeiro a querer a verdade real. Isso é bem estranho. Há vários inquéritos nas delegacias, pois o MPE não estava recebendo, voltaram a receber esse mês, mas ele parece ter um comportamento diferente nessa investigação.”, disse ao Olhar Direto.

O promotor de Justiça pediu para que seja alertado na decisão (caso o requerimento seja acatado), que em caso de descumprimento de prazo, será determinado a busca e apreensão de todos os inquéritos policiais envolvendo a Grampolândia Pantaneira. Atualmente existem oito inquéritos em fase de instrução.

Feldner, no entanto, diz que os inquéritos estarão sempre à disposição do MPE e da Justiça e explicou que as investigações já estão na fase final e que a demora para o fim se deve ao fato da pandemia da Covid-19, que fez com que sua equipe fosse reduzida.

Inquéritos

Um dos inquéritos requeridos envolve as interceptações clandestinas propriamente ditas, fatos supostamente ocorridos na Casa Militar.

Segundo inquérito, conforme detalhado pelo promotor, envolve suposta usurpação de função pública (atos de investigação) praticados pelo então Secretário Estadual de Segurança Pública, Rogers Jarbas.

Fonte: Olhar Direto – Airton Marques

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