Uma segunda pessoa que estava na casa no momento do crime e conduzida durante a apuração, sob suspeita de participação no crime, foi ouvida e liberada pelo delegado de Jaciara, Ricardo Franco. Contra o homem de 37 anos não foi verificada nenhuma comprovação de envolvimento no crime. Inclusive, ele tentou socorrer a vítima, de acordo com declaração do próprio suspeito do homicídio tentado.
Crime doloso
Na noite de terça-feira (06), o suspeito J.A.S., de 21 aos, e o homem de 37 anos, estavam na residência dele, no bairro Vila Érica, ingerindo bebida alcóolica, quando a vítima chegou ao local. Em certo momento houve uma discussão entre o suspeito e vítima, que mantinham um relacionamento.
O homem de 37 anos que estava na residência tentou intervir para cessar a discussão, porém, o suspeito disse para ele não interferir na briga. Em seguida, dentro do banheiro da casa, o suspeito pegou álcool, jogou na cabeça do adolescente e ateou fogo usando um isqueiro.
A pessoa que estava na casa tentou ver o que estava ocorrendo e, de acordo com declaração prestada à Polícia Civil, ficou com medo do que aconteceu e saiu da residência. Contudo, depois ele retornou e ainda tentou prestar socorro à vítima, informações que foram confirmadas em depoimento pelo suspeito.
A vítima conseguiu caminhar até um vizinho e pedir socorro, sendo encaminhada ao hospital de Juscimeira, com graves queimaduras na região da cabeça. Em entrevista a policiais militares que foram acionados pela unidade de saúde, o rapaz, ainda consciente, conseguiu informar a identidade do suspeito.
A Polícia Civil foi comunicada e iniciou a apuração para localizar o autor do crime. Em busca na residência dele, os policiais chamaram pelo rapaz por diversas vezes, sem que ele atendesse a porta. Ele declarou depois, na delegacia, que se trancou dentro da casa, sem fazer nenhum ruído, na tentativa de ludibriar os investigadores e a equipe desistisse de procurá-lo.
O suspeito foi ouvido pelo delegado e será apresentado em audiência de custódia do Poder Judiciário nesta quinta-feira. Ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado na forma tentada, cometido por meio cruel. “Durante declaração ficou evidente que o suspeito claramente assumiu o risco de ceifar a vida da vítima, agindo de forma cruel”, disse a autoridade policial.
Diante da gravidade do crime, o delegado Ricardo Franco representará à Justiça pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
Fonte: Raquel Teixeira/Polícia Civil-MT