Levantamento divulgado pela Prefeitura de Cuiabá aponta que quase 26% dos idosos com 80 anos ou mais ainda não retornaram aos pontos de vacinação para tomar a segunda dose da proteção contra a Covid-19. Vale lembrar que o reforço é imprescindível para que o imunizante surta o efeito esperado e, praticamente, elimine a possibilidade de que a doença evolua para casos graves ou mortes.
Conforme os dados apurados, da faixa etária acima de 80 anos, 7.925 dos 8.472 idosos (93,5%) já tomaram a primeira dose. Desses, 6.284 tomaram a segunda dose (74,17%), faltando 1.641 retornarem para completar o esquema.
Da faixa de 75 a 79 anos, já foram contemplados com a primeira dose 7.063 dos 7.812 idosos (89,1%). A segunda dose desse grupo começou a ser aplicada na terça-feira (20).
No grupo de pessoas com 70 a 74 anos, 10.679 dos 13.172 idosos (75,2%) receberam a primeira dose e ainda não estão no prazo para tomar a segunda aplicação.
Entre as pessoas com 65 a 69 anos, que começaram a ser imunizados na segunda-feira (12), 8.445 dos 19.645 idosos (22,4%) já receberam a primeira dose. A segunda dose desse grupo começará a ser aplicada no dia 10 de maio.
A faixa etária que concentra maior número de idosos cuiabanos é a de 60 a 64 anos, que tem 27.067 pessoas, ou seja, 39,9% do grupo prioritário. Quem está nessa faixa etária será vacinado conforme o envio de vacinas pelo Ministério da Saúde.
Até o dia 15 de abril, o percentual de idosos vacinados era de 37,9%.
Segunda dose
O pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica que é importante buscar a segunda dose porque a eficácia prometida foi determinada a partir de estudos que os testaram fazendo duas aplicações.
“Além de aumentar a proteção contra a Covid-19, a segunda dose ajuda a prolongá-la”, acrescenta Cunha, em entrevista à Veja. Portanto, sem a picada de reforço, você fica menos resguardado contra o coronavírus — e por menos tempo.
Fonte: Olhar Direto