O homem apontado como líder da organização criminosa, que seria composta, dentro outros membros, por policiais civis e militares além de informantes utilizados pelo grupo, é investigador e chefe de operação de uma delegacia de Cuiabá. O acusado e seus comparsas utilizavam todo aparato da instituição para cometer os delitos, segundo apuração do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Corregedoria Geral do órgão.
Segundo o Gaeco, os elementos informativos e provas colhidos demonstraram que a organização criminosa era comandada por policial da ativa, o qual se utilizava de técnicas de investigação com o uso de equipamentos da Polícia Judiciária Civil, além da facilidade de ser chefe de operação de uma Delegacia da capital, para facilitar e encobrir as ações criminosas do grupo.
As ações envolvem a prática de crimes graves como concussão, corrupção, peculato, roubo e tráfico.
Segundo o apurado pela reportagem, além de policiais da ativa, também existem outros que já não estão mais atuando. Uma das presas teria sido estagiária em uma delegacia e se casado com um dos investigadores envolvidos no esquema. Ela é acusada de ir nas ações com roupas da Polícia Civil, como forma de intimidação.
Ao todo, são cumpridos 44 mandados, sendo 22 de prisão preventiva.
Fonte: Olhar Direto – Wesley Santiago