Mulher é Presa suspeita de assassinar filho de 5 meses

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Reprosução
ALMT TRANSPARENCIA
Ramira Gomes da Silva, 22 anos, mãe do menino Brian, de cinco meses, encontrado morto com mãos e pés amputados, foi atacada nas redes sociais por aplicar golpes na compra de aparelhos celulares. Antes mesmo da repercussão da localização do corpo em uma residência no bairro Benjamin Raiser, em Sorriso (cerca de 400 km de Cuiabá), na tarde de segunda-feira (17), já haviam registros de pessoas cobrando as dívidas que ela havia feito.
Em um comentário feito há 13 semanas em uma foto de Ramira, um usuário do Facebook diz: “Bom dia Ramira! Você vai fazer a transferência da compra do celular hoje? Ou vou ter que ir até a sua casa para te cobrar? Não adianta você bloquear no WhatsApp porque sei onde você mora. Espero que possamos resolver da melhor maneira”.

Há duas semanas, uma mulher publicou: “Alguém sabe onde essa picareta mora? Me deu volta num celular e quero meu dinheiro”. Na mesma foto, diversas pessoas relatam casos de dívidas que Ramira não teria pago e ainda questionam sobre seu paradeiro.

O caso

De acordo com a Polícia Civil, a descoberta do cadáver aconteceu por volta do meio-dia de segunda-feira (17), depois que uma equipe foi acionada por uma vizinha da residência onde Ramira morava. Na ocasião, ela contou que um cachorro pitbull tentou desenterrar o corpo da criança.

Conforme o delegado responsável pelo caso, José Getúlio Daniel, o cadáver foi enterrado atrás de um vaso e estava em avançado estado de decomposição. Na residência não havia ninguém no momento em que a Polícia Civil chegou.

A suspeita foi presa na manhã desta terça-feira (18), em uma embarcação na cidade de Porto Velho (RO). Ela planejada fugir para Manaus na quarta-feira (19).

Acusada nega 

Em depoimento à Polícia Civil, ela nega o crime. “A versão dela é que foi dormir na noite anterior a morte de Brian e por volta das 2h teria alimentado ele, trocado de roupa, enfim. Disse que acordou por volta das 5h com ele no berço ao lado dela e teria se deparado com ele roxo, sem vida. Ela diz que nesse momento, levado pela emoção, não raciocinou direito e teria enterrado a criança no local, inclusive, que segundo ela, onde o cachorro se abrigava”, explicou o delegado responsável pela prisão em Porto Velho (RO), Yuri Medeiros, em entrevista ao site JK Notícias.

Questionada sobre os membros amputados, o delegado afirmou que Ramira não soube explicar. “Ela fala que enterrou o Brian inteiro, sem nenhum membro decepado. Ela não sabe explicar”, acrescenta.

O delegado, entretanto, conta que a versão de Ramira é pouco crível. “Em caso desses, de morte natural, o esperado, ainda mais considerado uma mãe, é procurar o hospital, chamar a polícia. Já nos deparamos com caso que a mãe chega com a criança morta no hospital na esperança ainda da criança voltar a vida. A história dela [Ramira] não convenceu”, ponderou.

Antes disso, Ramira teria apresentado outra versão. Em depoimento, contou que teria deixado o Brian com uma conhecida que teria o matado. “Em um primeiro momento, ela estava bem fria. Mas quando apresentamos fotografias, o que a investigação já tinha conseguido angariar, ela chorou. Não sei se chorou por ter lembrado da criança ou pelo fato de estar sendo presa”, disse o delegado.

A Perícia Técnica (Politec) e Instituto Médico Legal (IML) irão apontar as circunstâncias da morte.

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