Mais um corpo é encontrado em cemitério clandestino do Comando Vermelho

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto/Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Mais um corpo, em avançado estado de decomposição, foi encontrado na noite da última terça-feira (25), na região do ‘Campo da Maconha’, que fica nos arredores do Parque do Lago, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). A vítima é provavelmente um homem. No mês passado, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realizou buscas no local, após a denúncia de que pelo menos três corpos estariam enterrados por lá.

Segundo as informações iniciais, o corpo – desta vez- estava mais próximo de uma estrada de terra que fica ao lado da área densa de mata. Os restos mortais não estavam enterrados, tendo sido jogados em uma área de mata.

O estado de decomposição era tão avançado que praticamente havia sobrado apenas a ossada da vítima, que ainda não foi identificada.

No último dia 29 março, a Polícia Civil e Corpo de Bombeiros ficaram por horas no terreno procurando uma suposta vítima de ‘salve’, que havia sido enterrada próximo ao campo, após uma denúncia ser encaminhada para a Polícia Militar.

No fim da manhã, a cadela Atena, do Corpo de Bombeiros, conseguiu encontrar o corpo enterrado, que foi retirado da cova no início da tarde. Horas depois da ocorrência ser finalizada, outra denúncia foi recebida pela Polícia Judiciária Civil, apontando que outros três corpos poderiam estar enterrados no local.

Vale lembrar também que a primeira denúncia apontava a presença de dois corpos no local. Porém, após os trabalhos, apenas um foi encontrado. A vítima aparentava ter algumas lesões causadas por objeto contundente e também por arma de fogo.

Segundo a nova denúncia, o local serviria como uma espécie de cemitério clandestino da facção criminosa responsável pelas mortes. Uma mulher, que seria disciplina, já estaria presa, mas teria sido pega por outro crime.

Tribubal do crime

“É uma área onde nós sabemos que os criminosos utilizam tanto para praticar os denominados ‘salves’ [sessões de espancamento], como também para esconder material ilícito. Na semana passada, localizamos um corpo na região, assim também como no ano passado. Temos suspeita e informações de que existem mais restos mortais enterrados”, pontuou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto o delegado titular da DHPP, Fausto Freitas.

Relatos colhidos pela reportagem no local apontam para diversas execuções que teriam acontecido ao longo do tempo.

“Durante a noite, o movimento aqui na região é bastante grande. A gente escuta e vê passando carro, moto, caminhonete nessa região. São comuns os gritos de socorro, barulhos de tiro”, disse uma pessoa que preferiu não se identificar.

A Polícia Civil encontrou um local limpo, em meio a mata fechada, que serviria como o tribunal do crime. No ponto, embaixo de uma grande árvore, existe até uma espécie de banco improvisado.

“Suspeitamos que seja um local onde tenham sido praticados estes denominados tribunais do crime, onde os próprios criminosos fazem o ‘julgamento’ e ‘executam’ penas. Localizamos esta área aberta com alguns vestígios que nos chamaram atenção, como: pneus queimados, pedaços de barbante, cordas e amarras, o que indica que tenha havido alguma espécie de crime violento”, comentou o titular da DHPP.

 

Fonte: Olhar Direto 

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