Marcada audiência para julgar o atropelamento de 3 jovens em frente a boate Valley, em Cuiabá

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Reprodução
CAMARA VG

O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal, marcou para dia 31 de maio audiência referente ao atropelamento de 3 jovens em frente a boate Valley, em Cuiabá. A ré Rafaela Screnci da Costa Ribeiro responde pelo homicídio da Myllena de Lacerda Inocêncio e Ramon Viveiros, que não resistiram aos ferimentos. A terceira vítima, Hya Girotto Santos, ficou internada e após cirurgias recebeu alta.

Na data do crime, a ré dirigia embriagada pela avenida Isaac Póvoas, quando as vítimas Myllena, Ramon Viveiros e Hya Girotto Santos atravessavam a via. Todos foram atingidos pelo veículo e hospitalizados, mas a jovem morreu ainda a caminho do hospital. Ramon, que era cantor, morreu dias depois.

O caso gerou grande comoção pela proximidade do Natal, por serem 3 jovens e saindo de uma festa na qual Ramon era um dos cantores e também o risco que envolve bebida e direção.

Originalmente, a audiência estava marcada para o dia 3 de fevereiro, porém o advogado da ré, Giovani Santin, apresentou atestado médico de covid e a sessão foi adiada para o dia 31 de maio, às 14h. A princípio as testemunhas de acusação de defesa serão ouvidas presencialmente, contudo se o judiciário ainda estiver em teletrabalho é possível que os interrogatórios ocorram por meio de videoconferência.

Além de adiar a sessão, o magistrado também deferiu pedido para inclusão de assistentes de acusação ao processo. Dessa forma, estão habilitados Mauro Viveiros Filho, Victória Regina Viveiros e Regina Reverdito Viveiros. O procurador de Justiça aposentado, Mauro Viveiros, também atua como acusação no processo. Ele é pai da uma das vítimas, Ramon Alcides Viveiros.

“Acolho o pedido constante no id. 74299879, devendo-se a Senhora Gestora cadastrar na ação penal todos assistentes de acusação mencionados na peça e habilitar o advogado Mauro Viveiros. […] para atuar em causa própria em conjunto com o advogado constituído, bem como intimem todas as partes para conhecimento dos demais documentos juntados aos autos”, diz trecho da decisão do dia 1ª de fevereiro.

O caso
O atropelamento foi registrado no dia 23 de dezembro de 2018, em frente a famosa boa cuiabana.

Depois de atropelar os jovens, Rafaela se negou a fazer o teste do bafômetro e foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exames clínicos e, em seguida, conduzida para Central de Flagrantes para medidas criminais e administrativas.

A suspeita ganhou liberdade no dia 24 de dezembro, após passar por audiência de custódia. Conforme decisão do juiz Jeverson Quinteiro, Rafaela pagou fiança estabelecida. Como medida cautelar, ela teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida, deve comparecer mensalmente em juízo e se recolher rotineiramente nos períodos noturnos e aos finais de semana.

Fonte: Gazeta Digital

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