Durante audiência, viúva de Toni Flor diz que encomendou o assassinato, mas depois desistiu

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A empresária Ana Cláudia Flor adimitiu à Justiça, nesta quinta-feira (24), que encomendou a morte do marido Toni da Silva Flor, porém alega que desistiu da ideia um dia após fazer contato com o atirador, Igor Espinosa.

A confissão foi feita durante a audiência na ação penal contra os acusados pela morte do empresário, conduzida pelo juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

Ana Cláudia relatou que a decisão foi tomada após uma briga entre o casal, em que Toni a teria agredido e ameaçado matá-la com uma faca. Na ocasião, a filha mais velha do casal interveio na discussão para defender a mãe, relatou.

Neste momento, segundo a víuva, Toni teria afirmado que mataria a esposa e as filhas para depois se matar. A ré foi questionada pelo juiz se neste momento pensou em matar o marido, momento em que confirmou: “Pensei”.

Na sequência o magistrado perguntou se a viúva havia mandado matar Toni Flor e novamente Ana Cláudia confessou chorando: “Mandei”.

Após este episódio, Ana Cláudia diz que decidiu sair de casa com as filhas e pediu abrigo para sua manicure, Ediane Aparecida da Cruz Silva, que também responde pelo homicídio do empresário.

Ainda em depoimento, a viúva disse que no mesmo dia em que chegou na casa de Ediane contou para ela o que havia acontecido, e afirmou que a acusada deu a ideia do homicídio.

“Ela falou: ‘Acho que eu posso resolver isso para você’”, relatou Ana Cláudia.

Em seguida, Ana Claudia contou que a manicure fez a ponte para conseguir o contato do matador, que ligou para ela no mesmo dia.

A acusada afirmou ainda que não sabia o nome de quem estava conversando com ela, mas a pessoa do telefonema questionou o motivo para efetuar o crime.

“Falei porque eu acho que vou morrer, porque ele vai me matar e ele pode matar a minha filha”, explicou.

Desistência do plano

Na audiência, a viúva afirmou que falou ao telefone com o atirador apenas duas vezes e na segunda chamada já havia mudado de ideia.

Após esses dois contatos, Ana Claudia relatou que não falou mais com o atirador e voltou para casa com Toni e as filhas.

Na época do crime, a viúva disse que havia se esquecido de qualquer combinado e negou ter passado fotos do marido e a localização da academia, onde ocorreu o homicídio, como já havia sido relatado por Igor.

“Eu não falei da localização da academia, não falei horário, nada. Eles estavam olhando o Toni por conta dele, eu nem lembrava mais”, afirmou.

O atirador só teria voltado a entrar em contato com a viúva após ela organizar a passeata pedindo justiça pelo marido. Na ligação, segundo Ana Claudia, a pessoa pedia o dinheiro prometido pela execução do crime, no valor de R$ 60 mil.

Alegando estar “desesperada”, a viúva diz que decidiu entregar metade do dinheiro para o atirador, pois a pessoa saberia seu endereço e sua rotina com as filhas.

Ambos se encontraram rapidamente próximo à rodoviária, onde ela diz que deu R$ 30 mil para um homem de máscara e boné que não conseguiu reconhecer.

Tempos depois, ela voltou a se encontrar com mesmo homem e alega ter entregado o restante do valor prometido.

Fonte: Midia News

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