A Polícia Civil prendeu seis pessoas preventivamente nesta sexta-feira (11) suspeitas de terem participado dos assassinatos do advogado Francisco de Assis da Silva, em São José dos Quatro Marcos, e do comerciante Fredson Lima de Figueiredo, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. Foram cumpridos também oito mandados de busca e apreensão.
Os 14 mandados fazem parte da Operação Fassil, deflagrada nesta sexta pela Polícia Civil.
Foram presos os suspeitos de serem os executores, os intermediários e o mandante do homicídio de Assis e foram realizadas buscas e apreensão nas residências deles. Foram cumpridas ainda ordens de prisão e buscas contra os apontados como os executores de Figueiredo.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Araputanga e Tangará da Serra. A operação conta com apoio das Delegacias Regionais de Cáceres e de Tangará da Serra.
Investigação
De acordo com o delegado Edison Pick, a investigação teve início com o homicídio de Francisco, que também era dono do Grupo Fassil, em São José dos Quatro Marcos. Ele foi morto a tiros em outubro do ano passado na frente do escritório.
No decorrer das investigações, dois suspeitos foram identificados e também apontados como responsáveis pelo homicídio do comerciante Figueiredo, comerciante em Várzea Grande, em agosto do ano passado.
Câmeras registraram homicídios
A equipe da Polícia Civil em São José dos Quatro Marcos analisou imagens das câmeras da empresa do advogado e apurou as características físicas dos atiradores, assim como a ação da dupla e o movimento da vítima antes de morrer.
Logo após estacionar seu carro em uma rua lateral, a vítima caminhou até a frente da empresa, porém, voltou até o veículo e pegou algo no banco do carona. Ao se afastar novamente do carro, algo lhe chamou a atenção do outro lado da rua em frente.
Neste momento, o primeiro atirador chegou correndo e fez os disparos contra a vítima, em curta distância, que caiu no chão, e o criminoso continuou atirando. Depois, o segundo atirador fez um único disparo contra Francisco. Após o crime, a dupla usou um carro para fugir.
A análise das imagens indica que a vítima não esboçou qualquer atitude que indicasse tentativa de fuga e que não tinha inimizade com qualquer um dos atiradores, evidenciando, na avaliação do delegado, que os atiradores eram pistoleiros e foram contratados para praticar o crime.
Entrevistas com testemunhas, amigos e familiares, inicialmente, não apontaram qualquer motivação para a morte da vítima, assim como não apontaram qualquer desentendimento sério da vítima com qualquer pessoa.
Homicídio em VG
O delegado Mário Santiago, da DHPP de Cuiabá, explica que no decorrer das investigações, a troca de informações sobre outros homicídios ocorridos na região metropolitana de Cuiabá apontou que o crime contra Figueiredo teria sido praticado por duas pessoas com características semelhantes às mesmas que assassinaram o advogado no interior.
As armas usadas e o veículo da fuga também eram semelhantes. O comerciante de Várzea Grande atuava com a compra e venda de veículos e foi morto quando chegava a sua residência, na tarde do domingo do Dia dos Pais, no ano passado.
A equipe de São José dos Quatro Marcos também identificou que os atiradores seguiram a vítima Assis por várias ruas da cidade até o local onde a executaram. Os criminosos utilizaram o mesmo veículo também identificado nas investigações do crime cometido em Várzea Grande, um Renault Sandero prata.
Fonte: Primeira Página