Insônia é a dificuldade para iniciar e/ou manter o sono, acordar mais cedo do que pretendido e não conseguir adormecer novamente. Ela afeta a disposição e o bem-estar, podendo levar ao cansaço, perda de memória, irritabilidade, diminuição da libido, fadiga, entre outros sintomas. Ter insônia vez ou outra — quando se está diante de preocupações específicas, por exemplo, ou nos dias que precedem à menstruação (no caso das mulheres) — é normal. Entretanto, quando o problema se torna constante, pode levar a inúmeras consequências negativas para nossa saúde física e mental. A insônia que dura mais de três meses é considerada crônica.
Quais as causas da insônia?
- Estresse, ansiedade e depressão;
- Abuso do álcool, do café ou de outras drogas estimulantes;
- Medicamentos usados para outras condições clínicas;
- Medicamentos para dormir usados sem orientação médica (tendem a desregular o sono a longo prazo);
- Apneia do sono (pausas na respiração durante a noite).
Como pode ser diagnosticada?
- Avaliação médica a partir do entendimento das situações estressantes da vida e da saúde física e mental do paciente;
- Histórico do sono, com eventual preenchimento de um diário do sono;
- Exames complementares como a polissonografia quando necessário
Na polissonografia são monitorados vários aspectos do funcionamento orgânico: eletroencefalograma, movimento dos olhos, movimento das pernas, respiração, taxa de oxigênio no sangue e funcionamento cardíaco.
Como fazer o tratamento e a prevenção?
O tratamento de escolha é o comportamental e não baseado no uso de medicamentos (o médico estabelece a higiene do sono com o pacientes). O tratamento psicológico pode ser necessário para ajustes comportamentais e compreensão dos fatores causais. Dependendo do caso, o uso de medicamentos pode ser necessário. Isso será definido pelo médico em conversa com o paciente.
Quais hábitos podem ajudar a evitar a insônia?
- Tenha um horário regular para dormir e acordar;
- Evite cochilos durante o dia;
- Faça atividades físicas até às 20h;
- Prefira refeições leves à noite;
- Não consumir café ou substâncias com cafeína após às 17h;
- Evite o consumo abusivo do álcool. Ele parece ajudar algumas pessoas a dormir, mas, na verdade, está associado a um sono superficial e fragmentado e pode piorar a apneia;
- Jamais levante da cama para comer, fumar ou acessar o celular;
- O ambiente do quarto deve preferencialmente estar limpo, escuro, silencioso;
- Exposição solar na parte da manhã ajuda o corpo a atingir no período da noite bons níveis de melatonina;
- Não faça uso de drogas sedativas sem orientação médica;
- Não usar o celular duas horas antes de dormir;
- Deixar o celular fora do quarto.
Por Camila Magalhães
Fonte: Jovem Pan