Profissionais da enfermagem de Cuiabá e Várzea Grande se reuniram em uma manifestação na manhã desta sexta-feira (9), na Praça Luís Albuquerque, no bairro Porto, em Cuiabá. Durante a mobilização que pedia pelo reajuste do piso salarial da categoria, vetado pelo ministro do Roberto Barroso, a ponte que dá acesso a Cuiabá e Várzea Grande foi interditada pelos manifestantes.
Ao Repórter MT, Arlindo Cesar, presidente do Sinpen-MT (Sindicatos dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso) disse que as mobilizações buscam apenas a reivindicação dos direitos da classe após a decisão de Barroso que suspendeu por 60 dias o piso da enfermagem. O valor, que já havia sido aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro, deveria ser pago já em setembro. “Já tínhamos feito estudos juntamente com todos os sindicatos do Brasil, confederação, federações , já estava aprovado. Todos os profissionais já estavam ansiosos e esperançosos, é uma espera de 30 anos. Estamos esperando a muito tempo e de repente, numa canetada, num domingo, dia 04, o pagamento é suspenso. Isso pegou todos nós de surpresa, a categoria ficou indignada, revoltada. Fizemos papel de palhaço. Todos já estavam ansiosos para receber o piso e de repente essa história de 60 dias”, comentou.
As mobilizações começaram em Cuiabá na terça-feira (06), e se repetiram também no dia 07, no desfile de independência. Na sexta-feira (09), foi a vez de uma mobilização nacional. “Estamos fazendo, o Sinpen-MT juntamente com o Coren-MT (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso) e os profissionais da enfermagem, esses atos para mostrar para a sociedade e para todo o Brasil que a enfermagem precisa desse piso. Ele é um reconhecimento do que passamos na linha de frente enquanto todos estavam em lockdown, dentro de suas casas, quem estava trabalhando era a enfermagem. Essa luta já se estende há anos, e o sonho foi retirado de nós apenas por uma ação de um ministro.”, salienta César.
Ainda segundo ele, as mobilizações irão continuar e a possibilidade de greve geral da categoria não está descartada. “Vamos continuar com nossas mobilizações aguardando um resultado de Brasília. Há sim a possibilidade de uma greve geral, mas vamos aguardar algum resultado de Brasília que está em negociação. Começou hoje dia 09 e vai até o dia 16. Nesse período estaremos atentos, conversando com a categoria e com outras entidades e líderes da enfermagem para se há possibilidade de greve geral, porque o Brasil inteiro está lutando pelo mesmo anseio, que é o piso da enfermagem. São mais de 2 milhões de profissionais da enfermagem aguardando esse piso”, explica.
Em uma possivel greve, o sindicato se encarregará de protocolar documentos necessários e dar respaldo e orientação a categoria em todos os sentidos. Há previsão, de acordo com Sinpen-MT, de mais uma reunião entre sindicatos, entidades e profissionais para a próxima semana, mas ainda não há informações sobre data e horário.
Veja momentos da manifestação: (Imagens do Sinpen-MT)
FONTE :REPÒRTER MT
