Doze pessoas, sendo nove adultos e três adolescentes, foram presas em flagrante na terça-feira (13) depois que a polícia recebeu uma denúncia no 197. O túnel estava sendo escavado em uma casa que fica a menos de 300 metros da PCE.
O plano já havia custado mais de R$ 500 mil aos ‘investidores’. A casa estava cheia de sacos de areia. Alguns dos suspeitos vieram do Piauí e tinham experiência em atividades garimpeiras.
Os nove adultos passaram por audiência de custódia na quarta-feira (14). Na decisão, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra frisou a gravidade do crime dos envolvidos e decidiu manter converter a prisão em flagrante para preventiva.
Veja os nomes dos presos:
- Ednei Jaime de Sousa Laurindo
- Alan Kenedi Alves de Souza Barbosa
- Carlos Alberto Rodrigues da Silva
- Domingos Alves da Silva
- Dionisia de Jesus Rodrigues
- Antonio de Sousa
- Joab de Jesus
- Douglas Soares de Souza
- Andre de Araujo Sousa
“Frise-se que na residência em que foram detidos havia diversos equipamentos para utilização na escavação, tais como cisternas, picaretas, fitas métricas, bombas d’água, lanterna e um GPS, segundo a autoridade policial, com as coordenadas da Penitenciária Central do Estado”, detalhou o magistrado.
Eles trabalhavam sem sair da casa. Para isso, estocavam água e alimentos suficientes para ficarem no imóvel. Uma adolescente e uma adulta administravam a casa e cuidavam da alimentação e necessidades dos ‘trabalhadores’.
“Todo o estratagema revelado demonstram a ousadia, capacidade de articulação do grupo criminoso e a periculosidade real de seus membros, que objetivavam colocar nas ruas detentos faccionados regularmente segregados pela justiça, evidenciando o risco concreto à ordem pública, pois acaso atingissem o intento delituoso, romperiam a paz social com a reinserção na sociedade de indivíduos com no potencial ofensivo elevadíssimo”, alertou.
Alguns dos presos alegaram que são do Nordeste e que foram contratados por uma pessoa para trabalharem em garimpos. Alegaram que somente souberam do túnel quando chegaram na capital.
A PCE abriga cerca de 2,4 mil presos considerados perigosos e integrantes de facções, inclusive as lideranças desses grupos.