Pesquisa da UFMT analisa covid longa e sequelas da doença em Cuiabá

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Foto: Divulgação
CAMARA VG

A pandemia da covid-19 trouxe sérias consequências para a sociedade, dentre elas as sequelas deixadas pela doença.

Para entender um pouco mais sobre o assunto a professora Ana Paula Muraro e sua orientanda Roseany Patrícia da Silva Rocha ambas do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso nível doutorado, realizam uma pesquisa que tem por objetivo acompanhar pacientes que tiveram covid-19 e ficaram hospitalizados em Cuiabá. Porém, ao receberem alta, passam por sequelas da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou um estudo afirmando que entre 10% a 20% das pessoas infectadas com covid 19 apresentaram sintomas pós fase aguda da doença, essa situação traz preocupação aos pesquisadores da saúde pública, e por isso diversos estudos em ordem mundial estão sendo realizados.

Recentemente a Clinical Medicine publicou um trabalho que foi conduzido por pesquisadores de Londres, Nova Iorque e Portland (EUA) no qual fora identificado 203 sintomas associados a covid longa, os sintomas mais comuns são a perda de força, memória e problemas psicológicos sendo o mais frequente a depressão.

A doutoranda Roseany Patrícia identifica em sua pesquisa a necessidade e importância dos estudos em relação a covid longa, principalmente tendo como preocupação os impactos que isso gerará na vida das pessoas nas diferentes classes sociais.

A pesquisadora explica que o trabalho contribui de forma significativa para ações concretas por parte do poder Executivo na criação de programas que ajudem no diagnóstico e tratamento da covid longa em Mato Grosso.

Ainda não existe uma nenhuma política ou iniciativa nacional para esses casos. Desta forma, a população e os grupos mais vulneráveis podem estar encontrando dificuldades para tratar as consequências a longo prazo da doença.

Para Muraro “além das consequências da fase aguda da covid, agora minimizada com a imunização em massa da população, temos visto estudos recentes no mundo e no Brasil mostrando alta prevalência de sintomas persistentes e sequelas da infecção.”

Segundo a pesquisadora, as sequelas se mostram presentes em indivíduos tidos como assintomáticos, mas por questões metodológicas da pesquisa esse grupo não foi analisado, optando por analisar os casos dos pacientes que necessitaram de hospitalização.

Pesquisa conta com resultados promissores

As análises estão sendo realizadas, principalmente o mapeamento das pessoas com covid longa em Cuiabá estão em fase de monitoramento e os dados obtidos são promissores, no sentido de compreender os impactos da doença na vida das pessoas.

Para a doutoranda os dados preliminares obtidos mostram que a vacina foi primordial para a minimização das sequelas da covid longa em Mato Grosso, e que infelizmente as falsas notícias publicadas na tentativa de desqualificação da vacina impactaram a campanha de vacinação no estado.

A pesquisadora destaca ainda que o Estado de Mato Grosso vem acompanhando os casos de covid longa e fornecendo tratamento para essas pessoas.

Entre os objetivos da pesquisa está justamente avaliar se a prevalência de covid longa apresenta diferença após 6 e 12 meses da alta hospitalar de acordo com a imunização.

A OMS afirma que a melhor forma de evitar os impactos da covid longa na população é a vacinação, “os governos precisam levar isso a sério e fornecer cuidados integrados, apoio psicossocial e licença médica para os pacientes que sofrem com essa condição.

FONTE:LEIA GORA 

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