Com 99,86% das urnas apuradas em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (União) está oficialmente reeleito, com 68,45%, durante eleição neste domingo (02). Com o percentual, o chefe do Executivo estadual supera sua própria votação de 2018, quando desbancou o então governador Pedro Taques (então PSDB); há quatro anos recebeu 840.094 votos (58,69%).Mauro venceu a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), que teve apenas 16,41% dos votos. Em terceiro, o pastor Marcos Ritela (PTB) recebeu apoio de 14,35% dos mato-grossenses. Moisés Franz (PSOL) ficou em último, com 0,80% dos votos.
O governador foi reeleito ao lado do vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), seu parceiro de chapa pela terceira vez. Além de 2018, quando foram eleitos, disputaram o Palácio Paiaguás em 2010.
Há quatro anos, Mauro e Pivetta quebraram outro fato histórico, o de que governadores sempre foram reeleitos, desde a redemocratização, em 1985. No pleito, venceram o então governador Pedro Taques (então no PSDB), que ficou em terceiro lugar, com 271.952 votos (19%). O senador Wellington Fagundes (PL), também reeleito neste domingo, acabou a disputa em segundo, com 280.055 votos (19,56%).
Acompanhando a apuração ao lado de aliados na sede do União Brasil, em Cuiabá, Mauro garantiu que vai trabalhar com os mesmos critérios que trabalhou em seu primeiro mandato. “Fazer a coisa certa, trabalhar muito, aplicar o dinheiro corretamente, fazer mais gestão e menos politicagem”.
Mauro ainda ironizou quem criticava seu perfil administrativo, de evitar falar em política durante a gestão. “Tá aí no final, tem muita gente que falava: ‘ah, Governador Mauro Mendes não faz política’. Ouvi isso durante quase três anos. Tá aí o resultado, cidadão quer a política de resultado, quer ver as coisas acontecendo e a vida dele melhorando. Ele não quer saber de político mais que fica dando tapinha nas costas, com mentiraiada pra cá, pra lá, isso não é a política moderna que eu acredito nela e eu tenho certeza que os resultados das urnas tá mostrando que é isso que a população deseja”, declarou.
Redemocratização
Com o resultado, Mauro não supera Dante como o governador eleito com maior percentagem de votos. Em 1994, o ex-governador havia renunciado ao cargo de prefeito da Capital e, com Márcio Lacerda de vice, polarizou a disputa com Osvaldo Sobrinho (então no PTB), que recebeu 167.072 votos (25,27%).
O primeiro governador eleito após a redemocratização (fim da ditadura militar) foi Carlos Bezerra (MDB), em 1986. Tendo Edison Oliveira como vice, o emedebista havia renunciado o comando da Prefeitura de Rondonópolis, quando recebeu 394.786 votos (65,73%). Em segundo ficou o ex-governador Frederico Campos (PDS).
Quatro anos depois, Jayme Campos (União) sucedeu a Edison, que assumiu o Paiaguás após Bezerra renunciar para disputar vaga no Senado – acabou derrotado por Júlio. Em 1990, recebeu 401.005 votos (66,85%); em segundo ficou Agripino Bonilha, indicado por Bezerra, com 83.053 votos (13,85%).
FONTE:OLHAR DIRETO
