Proprietário apresenta laudos e nega garimpo ilegal em obra no Centro Histórico de Cuiabá

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Luiz Alves
CAMARA VG

Autuado pela Secretaria de Ordem Pública (Sorp) após denúncias de garimpo ilegal em terreno no Centro Histórico de Cuiabá, o proprietário Cláudio Campos Araújo entrou um recurso contestando as multas recebidas e negando a prática de crime ambiental. Um laudo da Perícia Técnica da Polícia Federal, assim como o da Agência Nacional de Mineração (ANM), não comprovaram atividade de mineração. As investigações, entretanto, continuam.

 

“Foi constatado in loco que as escavações na área externa das edificações situadas na Rua Engenheiro Ricardo Franco nos 459, 461, 473, 588, 600 e 608 atingiram apenas o aterro dos terrenos dos imóveis questionados, não chegando nas rochas do Grupo Cuiabá, unidade hospedeira da mineralização aurífera”, traz um trecho do laudo da PF. Em nota à imprensa, a Polícia Federal informou que a investigação não acabou, e foi realizado o pedido para uma nova perícia.

 

Já a ANM destaca que as características encontradas no local indicam obra de construção civil. “Não foram verificadas atividades no local com o objetivo de lavra de minério de ouro. Pelo observado, há obras de construções civil com na tentativa de estabilização de encostas, utilizando blocos pedras de natureza quartzosa e calcárias de origem diversas ao local”. O homem também contratou, de maneira particular, um geólogo que assina um laudo atestando não haver prática de crime ambiental no local.

 

Denúncias

 

Há cerca de um mês, Cláudio Araújo, proprietário dos três imóveis localizados ao lado da ‘Escadaria do Beco Alto’, no Centro de Histórico de Cuiabá, foi denunciado por supostamente estar realizando exploração ilegal de garimpo no local. Araújo foi autuado em R$ 417.510,22 pela Secretaria de Ordem Pública (Sorp) pela prática de crime ambiental, com agravantes de reincidência por ter cometido a infração em proveito próprio e não ter as devidas licenças para realização da obras no local.

 

Conforme o secretário de Ordem Pública, Leovaldo Sales, no local verificou-se que além de crimes ambientais, também estaria ocorrendo à exploração de mão de obra de moradores em situação de rua, em em condição análoga à de escravidão, além da depredação de casarões históricos tombados como patrimônio histórico.

 

Ainda segundo os moradores da região, durante a noite e aos finais de semana, caminhões ‘deixam’ o local carregados de terra e entulho. No local, foram encontradas muitas pedras que são grandes obstáculos para a passagem de pedestres nas calçadas

FONTE:PNB ONLINE

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