Políticos de Mato Grosso usaram as redes sociais para se manifestar sobre os atos ocorridos na tarde desse domingo (8), em Brasília. Contestando o resultado das eleições presidenciais de 2022, manifestantes que pedem a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do poder invadiram o Congresso, o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Parte dos parlamentares classificam o quebra-quebra como “atos de vandalismo”, outros atacam grupos de esquerda que estariam supostamente infiltrados nas manifestações e defendem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Seguindo na mesma linha da nota de repúdio feita pelo governador Mauro Mendes (União) na tarde de ontem, o deputado federal e presidente do União Brasil em Mato Grosso, Fábio Garcia, postou um vídeo nas redes sociais classificando os atos como vandalismo e dizendo que sempre defendeu o direito de manifestação de forma ordeira e pacífica. Todavia, Fábio diz que os brasileiros não podem aceitar atos que depredam o patrimônio publico e que desrespeitam as leis brasileiras.
O ex-deputado estadual João Batista (PP) postou um vídeo no qual manifestantes agridem com pedaços de pau um policial que está andando a cavalo na Esplanada. Indignado, João Batista diz que quem atenta contra agentes de segurança pública deve ser punido severamente. “Não vejo diferença entre esse tipo de cidadão de qualquer outro que faz isso nas ruas enquanto os agentes cumprem sua obrigação legal”, diz o ex-parlamentar.
Apoiador do ex-presidente Bolsonaro, o senador Wellington Fagundes (PL) também classificou as manifestações como “atos de vandalismos e ataques sórdidos com a destruição de patrimônio público. (…) A violência, a baderna e o desrespeito às instituições como os que assistimos hoje precisam e devem ser rigorosamente punidos. Como Democrata e defensor da liberdade, não podemos aceitar qualquer ato que prejudique e destrua as instituições brasileiras”, disse Fagundes.
O senador Jayme Campos (União) disse que os atos são criminosos e que não refletem o desejo da maioria do povo brasileiro. De acordo com ele, o inconformismo com o resultado das eleições não pode ser justificativa para a desordem. “Como defensor da lei e da ordem, apoio o rigor da lei para punir essas pessoas que equivocadamente confundem o direito a liberdade com desordem e atos criminosos”.
A senadora Margareth Buzetti (PSD) defendeu que a democracia não é feita de violência e depredação de prédios públicos, mas de diálogo e construção.
Por meio de diversas postagens, a ex-deputada federal Rosa Neide (PT) chamou os manifestantes de “golpistas e nazistas que atacaram a democracia”. De acordo com a parlamentar, a intervenção decretada pelo presidente Lula na segurança pública do Distrito Federal é para garantir a ordem pública.
Rosa Neide disse que, junto com a bancada do PT na Câmara, ela entrou com uma representação no STF pedindo a apreensão de todos os ônibus e outros veículos que chegaram no DF levando os manifestantes; pedido de prisão dos manifestantes e retirada dos acampados em frente aos quartéis; pedido de afastamento do comando da PM do DF para investigar possíveis omissões ocorridas e medidas cabíveis contra o governador Ibaneis Rocha (MDB), que foi afastado das funções nesta manhã.
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) postou diversas fotos dos estragos feitos pelos manifestantes nas obras de arte do Congresso, nas peças históricas e na edição original da Constituição Federal de 1988, depredada pelos manifestantes. A deputada disse que defende manifestações, mas classificou os atos como “baderna”. Janaina lembrou que a população de Mato Grosso que apoiou o ex-presidente Bolsonaro não será representada por uma parcela de brasileiros.
“Se fosse um movimento de esquerda durante o governo Bolsonaro, estaríamos pedindo cadeia para eles, agora é diferente? Vandalismo, violência, depredações e atos antidemocráticos, jamais serão defendidos por mim”, afirmou Janaina.
No site oficial da Prefeitura de Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) classificou como “inaceitável o atentado contra à democracia registrado nesse domingo, tendo como alvos o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF)”. O prefeito disse que assistiu abismado às cenas e que os atos devem ser repelidos no estado de direito democrático.
Apoiadores enfáticos do ex-presidente Jair Bolsonaro também se manifestaram nas redes. O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) se limitou a reproduzir as três postagens do ex-presidente, na qual ele defende manifestações pacíficas, mas repudia depredações e invasões de prédios públicos.
O deputado federal Abílio Brunini (PL) postou um vídeo em sua página pessoal dizendo que aos que depredam prédios públicos e atos de violência não estão previstos na Constituição Federal e afirmou que não apoia a invasão de prédios públicos. De acordo com o deputado, os atos desse domingo representam uma grande derrota para a direita brasileira, pois “quem apela perde a razão”.
“Compreendo a euforia e a revolta dos manifestantes, mas não posso de modo algum concordar e defender suas ações, pois prejudicam a própria direita. (…) As ações de quebrar o STF, o Planalto e o Congresso Nacional terão graves consequências. A direita perder a cabeça era tudo que o PT almejava. Eles provocaram até conseguir. Agora o Lula utiliza seus amplos poderes decretando a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federa”, diz trecho da postagem de Abílio.
Em diversas postagens, o deputado federal José Medeiros (PL) defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, atacou o presidente Lula afirmando que o petista supostamente acusou o agro brasileiro de estar por trás dos atos e ainda postou diversos vídeos dos atos em Brasília. Medeiros também postou um vídeo onde aparecem manifestantes da esquerda depredando prédios oficias no Distrito Federal, porém não especificou as datas em que os vídeos foram gravados.
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