As investigações que culminaram na terceira fase da Operação Renegados, deflagrada pela Corregedoria da Polícia Civil nesta terça-feira (21), descobriu que menores de idade eram agenciadas por uma garota de programa para programas com homens mais velhos e, a partir de flagrantes armados, um grupo de investigadores da Polícia Civil extorquiam os homens para não denunciá-los como estupradores.
Pela legislação brasileira, sexo praticado com menores de 14 anos é configurado estupro de vulnerável, independente de consentimento.
Em um dos casos investigados, os policiais entram no motel, localizavam o ‘alvo’ com uma adulta e uma menor de idade e ameaçaram: “ou você paga ou você vai preso”. Quando esta tática não dava certo, a garota de programa adulta levava drogas na bolsa e os policiais extorquiam os homens sob pena de denunciá-los por tráfico.
As 3 fases da Operação Renegados já somam 29 crimes diferentes, todos para obtenção de vantagem para a organização criminosa e sempre com abordagens simuladas. Já foram firmadas três acordos de colaborações premiadas, que tramitam em sigilo na Justiça, e um policial civil foi expulso da corporação após ser punido em processo administrativo disciplinar.
Nesta fase da operação policial, foram presos os investigadores da Polícia Civil Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuario Rodrigues, Paulo da S. Brito, Frederico Eduardo, Domingos Sávio, Kelle Arruda, Samara Nunes, Rogério da Costa Ribeiro, Júlio César de Proença e a ex-estagiária da Polícia Civil Natália Regina. O delegado Douglas Turibio Schutze, de 75 anos, foi alvo de mandado de busca e apreensão, juntamente com Ronaldo C. Miranda e Karolina Magalhães.
Outra atuação do grupo criminoso consistia em extorquir traficantes de Cuiabá e Várzea Grande. Ao mesmo tempo em que cobrava valores dos traficantes, se apropriavam das quantias de drogas e as revendiam para ganhar dinheiro. O mesmo procedimento se dava com armas apreendidas ilegalmente.
FONTE:REPÒRTER MT.