A Receita Federal está no encalço de 2.338 mato-grossenses que fraudaram o imposto de renda declarando informações inverídicas sobre despesas médicas, com o objetivo de reduzir o imposto devido. No total, apenas em Mato Grosso, R$ 34,6 milhões podem ter sido sonegados. A Operação Patógeno foi desencadeada nessa quinta-feira (04) e tem como alvos mais de 35 mil declarantes em todo o Brasil, que juntos podem ter sonegado cerca de R$ 350 milhões.
Em um dos casos mais flagrantes de fraude, um fisioterapeuta do Mato Grosso declarou ter recebido R$ 4,4 milhões de clientes de sete estados distintos em 2021. Contudo, para receber o rendimento declarado, ele teria que ter trabalhado 24 horas por dia, durante todos os 365 dias do ano, cobrando em média R$ 502,00 por hora.
As investigações da Receita Federal identificaram que esses contribuintes declararam, nos exercícios de 2018 a 2022, aproximadamente R$ 350 milhões em despesas de saúde fictícias para 472 profissionais liberais.
Embora os profissionais tenham informado os recebimentos em suas próprias declarações, a comparação com outros dados fiscais, patrimoniais e financeiros levou a Receita a suspeitar que os pagamentos eram fictícios.
A Receita, contudo, alerta que apesar de as restituições serem feitas de forma imediata, o órgão público tem o prazo de 5 anos para realizar a auditoria, permitindo que por meio da comparação de informações as fraudes sejam identificadas.
Esses declarantes serão intimados e os profissionais de saúde investigados a comprovar o pagamento e a prestação do serviço. No entanto, enquanto não intimados, os contribuintes podem se autorregularizar, apresentando declarações retificadoras.
Caso não retifiquem as declarações nem comprovem os pagamentos e a prestação dos serviços, os contribuintes estarão sujeitos ao pagamento do imposto acrescido de multa e juros, além de eventuais sanções penais e administrativas.
FONTE:REPÒRTER MT.
