Os termômetros marcavam 33ºC quando a primeira leva de jogadores da seleção brasileira desembarcou em Cuiabá, na manhã da última segunda-feira. A sensação era de uma temperatura ainda maior, graças ao ar seco e a falta de vento, mas os mato-grossenses que estavam no local alertavam: aquele era um dia relativamente fresco se comparado ao que foi vivido nas últimas semanas.
O calor na cidade em que o Brasil treina e vai enfrentar a Venezuela, quinta-feira, na Arena Pantanal, desperta preocupação na Seleção. Dos 23 convocados, 16 estavam na Europa, com temperaturas bem mais baixas.
A previsão do tempo indica que na quinta-feira, dia da partida, a temperatura pode chegar a 40ºC. Quando a bola rolar, o clima deve estar mais ameno (mas nem tanto), na casa dos 30ºC.
A comissão técnica da Seleção sabe que o calor pode gerar queda de performance, mas pondera que isso também afetará o adversário. Para minimizar este prejuízo, o Brasil adota alguns cuidados, tais como:
- treinos realizados sempre no fim da tarde, a partir das 17h30, quando já está mais fresco;
- cuidado individualizado com a hidratação dos atletas;
- adoção de medidas para esfriamento corporal, como uso de toalhas geladas durante os treinos e o jogo, e banheiras de gelo no vestiário;
- controle da carga de treinamentos – na última segunda, por exemplo, os atletas ficaram apenas na academia.
– Com essas medidas, a gente consegue minimizar os efeitos do calor, mas não é possível eliminar totalmente. Qualquer lugar que tenha o ambiente quente e estressante, há expectativa de diminuição de rendimento do atleta, mas a gente consegue minimizar bem com esses recursos que vamos utilizar por aqui – explica Guilherme Passos, fisiologista da Seleção.