O secretário-adjunto de Turismo do Estado, Felipe Wellaton, disse que o incêndio que atingiu o Pantanal mato-grossense não trouxe grandes impactos financeiros aos donos de pousadas e hotéis da região. Ele comentou que as chamas aconteceram no momento de finalização de temporada e que a única preocupação dos empresários é sobre a recuperação da área que foi atingida.
Eles temem que o cenário de destruição possa espantar os turistas ou fazer com que fiquem pouco tempo na região. Já que no início do próximo ano está previsto no calendário da região a alta temporada de pesca, no modelo pesca e solte.
“Boa parte da causa do aumento dos focos de incêndio foi exatamente o aumento dos ventos, pouca umidade, que é chuva, e altas temperaturas. Então, já é previsto, boa parte das pousadas já estavam em processo de recesso, ou seja, de fechamento, porque o Pantanal trabalha em temporada, ele tem alta temporada de maio a novembro”, disse em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (23).
Wellaton comentou que o Estado não recebeu informações de pousadas e outras unidades hoteleiras do Pantanal tenham sofrido danos com o fogo. Ele comentou que as chamas castigaram mais as fazendas e parques de conservação.
“Nós recebemos que próximo do Porto Jofre, que tem o Rio São Lourenço, o Três Irmãos, o Corixo Negro, atingiu áreas próximas, grande parte dos focos aconteceu em propriedades privadas, fazendas, mas é natural que aquela parte do parque [estadual] e outra parte federal também fossem atingidas, próximas às pousadas, a gente não teve nenhum registro de incidente no setor hoteleiro”, informou.
O secretário espera que a região esteja recuperada até maio, quando inicia a temporada de observação de onças e de outros animais silvestres.
Wellaton ainda disse que o governo e o Ministério Público de Mato Grosso (MPE) se reuniram para discutir formas para acompanhamento sobre a situação do Pantanal e elaborar formas de atuação e preservação e também no plano de manejo e prevenção.
