Embora tenha sido palco de três homicídios no período de um ano, o presidente do Shopping Popular de Cuiabá, Misael Galvão, garante que o estabelecimento é seguro.
A fala de Galvão acontece após um criminoso armado entrar no estabelecimento no dia 23 de novembro e matar a tiros o associado Gersino Rosa do Santos, o Nenê Games, e o funcionário Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, 27.
Depois de cometer o assassino o criminoso fugiu e ainda não foi localizado. A Polícia Civil divulgou a imagem dele e pediu ajuda da população para chegar ao rapaz.
Após o caso, populares e frequentadores do local ficaram receosos por conta da falta de segurança no estabelecimento.
Em entrevista à imprensa nesta semana, o presidente informou que policiais militares foram acionados para reforçar a segurança e que o estabelecimento também implementou outras medidas, como a detecção facial e a diminuição de portas abertas. Ele ainda contou que será construído um posto que servirá como base para as viaturas da PM.
“Eu sempre falo: o Shopping Popular sempre foi um dos lugares mais seguros de Cuiabá. Na questão de câmera, questão de segurança. A 150 metros nós temos o primeiro batalhão, 300 metros tem uma cavalaria, 700 metros temos a rota. Então, o Shopping Popular sempre foi [seguro]. Agora, o que aconteceu, a gente não estava preparado, nem um ser humano, nem um gestor, porque a ação foi covarde, a ação ela foi covarde”, disse o presidente.
Misael ainda afirmou que o crime que ocorreu no estabelecimento acende uma alerta para as forças de segurança pública de Mato Grosso, uma vez que, segundo ele, o duplo homicídio não foi um fato específico do Shopping Popular.
“Está provado que tem [segurança]. As ações foram covardes. Isso gera um alerta para a segurança pública. Porque ação como essa não está acontecendo só aqui no Shopping Popular. Nós estamos vivendo uma onda de violência”, afirmou.
“Eu estou fazendo a minha parte. Nós estamos colocando à disposição para poder contribuir e colaborar. Só que investigação, prisão, e realmente que eu acredito que vai acontecer, não cabe a nós. Cabe a segurança pública. O que for para a gente ajudar, o que for para a gente melhorar, a gente vai fazer”, acrescentou Misael.
Entenda o caso
Gersino e Cleyton foram mortos na última quinta-feira (23), após um atirador invadir o local. Câmeras do circuito interno registraram o momento em que o criminoso se aproxima de Gersino e efetua um tiro na nuca dele.
Cleyton, que estava na frente, também foi atingido pelo tiro e morreu no local. Após o fato, o atirador fugiu do Shopping Popular e dispensou na rua a camiseta usada no crime.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está fazendo buscas pelo responsável pelo duplo homicídio. A imagem do atirador circula nas redes sociais.