A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) está investigando se o atirador Silvio Júnior Peixoto, de 26 anos, responsável pelo duplo homicídio no Shopping Popular, em Cuiabá, foi contratado por membros de uma organização criminosa. Gersino Rosa dos Santos, 43, o Nenê do Game, foi assassinado no dia 23 de novembro do ano passado. Na ocasião, o funcionário de outra loja, Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, 27 anos, foi atingido pelo mesmo tiro e morreu no local.
Silvio foi preso na semana passada em Uberlândia, Minas Gerais. Antes de ser levado para Mato Grosso, prestou depoimento ao delegado Nilson Farias e confessou que recebeu R$ 10 mil para cometer um crime.
Ao delegado Silvio Júnior, contou que foi procurado por uma pessoa para cometer o crime.
Demonstrou detalhes de que o mandante lhe repassou uma quantia dias antes do delito e outra metade na ocasião da execução, que ocorreu em novembro do ano anterior. Além disso, o contratante teria repassado a arma utilizada na execução.
Embora as informações sejam fornecidas, o suspeito não confirmou o mandante nem forneceu a motivação do delito. “Ele só disse que cometeu o delito, disse que realmente foi ele”. Ele foi contratado e recebeu um salário de R$ 10 mil para executar o delito. “Ele tinha dívidas muito grandes e precisava do dinheiro, o que o fez ter essa coragem”, disse o delegado.
Uma das hipóteses consideradas é que Silvio tenha sido contratado por integrantes de uma organização criminosa, mas a versão ainda não foi confirmada. A fase atual da operação irá realizar buscas para identificar os responsáveis pela organização criminosa.
O delegado destacou que a tarefa de localizar o executor foi exaustiva e que agora trabalharemos para determinar se se trata de uma organização criminosa, se se trata de contrabando de cigarros ou se se trata de agiotagem, uma vez que todas as hipóteses serão elucidadas durante a segunda fase da operação.
Ainda de acordo com a autoridade policial, esse é o primeiro caso de Silvio no qual foi usada uma arma de fogo. Anteriormente, ele havia se envolvido com a prática de estelionato em São Paulo.
De acordo com as imagens, ele não é uma pessoa segura. Ele não é um assassino habitual, mas é a primeira vez que ele comete esse tipo de delito. Nas imagens, é notório que ele se sentiu temeroso e quase desistiu da execução. “Um ou mais indivíduos o controlaram e agora a segunda fase da investigação irá em busca dos responsáveis”, ressaltou.
