A polícia prendeu quatro estelionatários que aplicavam o golpe do “falso parente” em MT

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

A Polícia Civil do Pará, por meio da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC) e a Polícia Civil de Mato Grosso, iniciou uma operação para cumprir 10 mandados judiciais.

Cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão foram expedidos contra os investigados por praticarem o golpe do “falso parente”, falsificar documentos e movimentar valores em nome de terceiros.

Quatro pessoas foram presas e quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, o que resultou na apreensão de documentos falsos, cartões bancários, cadernos com assinaturas, celulares, computadores e disco de armazenamento de dados que serão analisados. Durante a ação, um homem investigado pelo roubo a bancos e por integrar uma associação criminosa foi preso.

De acordo com o delegado Márcio Murilo de Freitas, da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados por Meios Cibernéticos (DCCEP), vinculada à DECCC, a investigação complexa da “Operação Cadoz” teve início após idosos procurarem a Polícia Civil para registrarem boletins de ocorrência relatando os eventos.

Com base nos boletins de ocorrência das vítimas, iniciamos as investigações e descobrimos que os autores dos crimes são da mesma família e participavam da confecção de documentos de identidade com dados de terceiros sem o conhecimento deles. Além disso, com as suas fotografias pessoais gravadas em carteiras de identidade falsas, fizeram um selfie de biometria facial de acordo com a RG para abertura de contas bancárias. Após a execução, o grupo realizava transferências para lavagem de dinheiro para todos os membros da associação criminosa.

O trabalho investigativo e de inteligência policial revelou que, entre os idosos paraenses, cerca de R$ 30 mil são prejuízos. Outros casos semelhantes envolvendo vítimas no Pará, Amazonas (AM), Paraná (PR), Pernambuco (PE) e Rio de Janeiro (RJ) estão sendo investigados.

O delegado Mário Murilo disse que as investigações apontam que os criminosos que atuavam apenas nos crimes violentos estão migrando para os crimes digitais, devido às penas mais brandas e à ilusão do anonimato.

“Muitos dos investigados têm extensos registros criminais e já cometeram crimes de roubo a banco, furto a caixa eletrônico e tráfico de drogas, além de serem membros de facções criminosas, o que demonstra o que outras investigações em andamento na DECCC estão revelando, a migração dos crimes contra a violência e grave ameaça para os crimes cibernéticos”, disse.

 

 

Fonte: Informações/ Olhardireto